(Silvana Rocha, Estadão Conteúdo) – O dólar desacelerou a queda no exterior e no mercado local e o euro perdeu força, após a ata do Banco Central Europeu (BCE). A moeda americana se desvaloriza pouco frente o real, enquanto o retorno dos Treasuries cedem com expectativas voltadas também para o início do simpósio do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), em Jackson Hole, que na visão de alguns analistas poderá reforçar o sinal hawkish na política monetária. O evento mais esperado é o discurso do presidente do Fed, Jerome Powell, amanhã.
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Por enquanto, os ativos financeiros globais reagem à ata do Banco Central Europeu, que sinalizou, pelo menos, a manutenção do ritmo de alta de juros de 50 pontos-base em setembro. No documento, o BCE afirma que o risco de expectativas de inflação de longo prazo ficarem desancoradas está crescendo e que há mais trabalho a fazer para controlar a inflação na zona do euro.
Nesse contexto, o euro devolveu os ganhos de mais cedo e oscila perto da estabilidade ante o dólar e as bolsas na Europa sobem levemente. Os juros de bônus europeus ganharam leve fôlego após a publicação da ata da reunião monetária de julho do BCE, que mostrou os dirigentes propensos a seguir com a “normalização” das taxas na zona do euro. Apesar da leve melhora, os juros ainda recuavam.
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Entre as commodities, após registrar alta nos últimos dias, impulsionado pelo anúncio de estímulos econômicos na China, o preço do contrato de minério de ferro negociado para setembro em Cingapura recuou 1,01%, cotado a US$ 103,05 a tonelada, de acordo com a Singapore Exchange. Já os contratos à vista registraram queda de 0,14%, cotados a US$ 105,00 por tonelada. O contrato da commodity para janeiro de 2023 em Dalian, na China, caiu 0,2%, a 705,50 yuans (US$ 102,99).
No radar estão ainda as revisões do PIB do segundo trimestre e a inflação do PCE dos EUA em julho, às 9h30.
Mais cedo, o IPC-FIpe, que mede a inflação na cidade de São Paulo, apontou alta de 0,05% na terceira quadrissemana de agosto, revertendo queda marginal de 0,03% observada na segunda quadrissemana deste mês.
A confiança do consumidor subiu 4,1 pontos em agosto ante julho, na série com ajuste sazonal, informou a Fundação Getúlio Vargas (FGV). O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) ficou em 83,6 pontos. Em médias móveis trimestrais, o índice avançou 2,7 pontos.
Às 9h25, o dólar à vista caía 0,04%, a R$ 5,1089. O dólar setembro recuava 0,15%, a R$ 5,1165.
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