(Marianna Gualter, Estadão Conteúdo) — O Índice de Gerente de Compras (PMI, na sigla em inglês) industrial do Brasil recuou a 51,9 em agosto, após 54,0 em julho, divulgou há pouco a S&P Global. O resultado ainda mantém o indicador acima do nível neutro, de 50 pontos, o que sinaliza expansão do setor.
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“O alívio das pressões inflacionárias com a tendência de queda dos preços das commodities, a redução dos impostos sobre combustíveis e a continuação de uma política monetária agressiva mais rígida foram os principais aspectos positivos observados nos resultados do PMI de agosto”, afirma a diretora associada de economia da S&P Global, Pollyanna de Lima, em nota.
Os dados do mês mostram a terceira queda consecutiva do indicador. Em agosto, os novos pedidos aumentaram no ritmo mais fraco registrado nos últimos seis meses de expansão. As empresas participantes relataram melhoras nos setores de turismo e agrícola, no entanto, elencaram também redução nas compras dos clientes, condições econômicas desafiadoras e vendas fracas no varejo.
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A produção registrou um aumento discreto em agosto, com a taxa mais lenta em seis meses. Nos setores com crescimento relatado, os participantes indicaram melhoria das capacidades, maior disponibilidade de insumos-chaves e aumento das vendas.
Embora os fabricantes de produtos tenham aumentado os preços de venda novamente em agosto, repassando os preços aos clientes, foi observada desaceleração na taxa de inflação para o nível mais baixo em 28 meses.
De acordo com a S&P, o aumento mais brando no preço dos insumos, que subiram ao ritmo mais fraco em mais de dois anos e meio, ajudou na desaceleração da inflação dos preços. Segundo os participantes, os preços mais altos de diversos materiais foram parcialmente contrabalanceados pela redução de certas commodities, em particular aço e cobre. Em agosto, o ritmo de crescimento da compra de insumo pelas empresas foi o mais acelerado desde maio.
“Algumas empresas tiveram sucesso em garantir novos trabalhos, mas outras observaram que as vendas fracas no varejo e decisões de compra cautelosas entre os clientes restringiram o crescimento. Os pedidos globais a fábricas aumentaram ao ritmo mais lento registrado no atual período de seis meses de expansão, uma tendência semelhante à da produção”, pondera a diretora.
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