- Após o anúncio do falecimento da rainha Elizabeth II, diversas criptomoedas foram criadas em homenagem à monarca
- A criação desses tokens costuma configurar uma estratégia de 'pump and dump'.
- Não é seguro investir em criptoativos não consolidados
Em 8 de setembro de 2022, faleceu a rainha Elizabeth II, do Reino Unido. A monarca teve o reinado mais longo da história britânica e, não à toa, o seu falecimento teve impacto em diversas áreas da nação e do mundo, incluindo no mercado de criptomoedas.
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A rainha já havia declarado simpatia aos criptoativos e à tecnologia blockchain. Mas, agora, a morte de Elizabeth influenciou a criação de mais de 18 criptomoedas em homenagem à monarca. Algumas das mais famosas são RIP Elizabeth e God Save the Queen.
No entanto, o que parece uma singela homenagem pode se tratar de uma tentativa de golpe financeiro, isso porque esse tipo de ativo costuma apenas buscar valorização a partir de um determinado acontecimento, mas sem fornecer garantia de segurança aos investidores.
O risco de investir em criptomoedas de “hype”
Diferentemente de criptoativos consolidados, como bitcoin e ethereum, também existem no mercado as chamadas “shitcoins”, criptomoedas criadas apenas com o intuito de fornecer algum lucro rápido aos seus criadores — foi o que aconteceu após a morte de Elizabeth II.
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Dezenas de tokens com o nome da monarca começaram a surgir no mercado de criptomoedas logo após o anúncio do falecimento da rainha. Em geral, a criação de tokens desse estilo, ou seja, daqueles que são feitos quando há algum “hype” em torno de algum acontecimento, trata-se de um esquema de “pump and dump”, uma estratégia usada para vender mais ativos.
Funciona assim: os criadores do ativo divulgam informações, muitas vezes falsas, para conseguir convencer as pessoas a comprar a criptomoeda. O objetivo é fazer o preço aumentar, depois eles despejam o ativo no mercado e obtêm lucro às custas dos investidores.
Comumente, esses investimentos são inseguros, uma vez que o mercado de criptomoedas é bastante volátil, e episódios como o falecimento de Elizabeth II são geralmente usados para criar ativos de valorização e queda rápidas.
Um exemplo é o que ocorreu em 2021, em relação à série Round 6 da Netflix. A produção foi um fenômeno de público e crítica, mas também chamou atenção daqueles que desenvolvem criptoativos.
Então, foram criadas e vendidas criptomoedas que se remetiam à série, mas tudo se tratava de um golpe: os criadores abandonaram o projeto, e o valor caiu para zero em minutos.
Só no primeiro trimestre de 2022, foram registradas mais de 70 grandes ações denunciando esse tipo de golpe, gerando um prejuízo de mais de US$ 1 bilhão. Portanto, não é seguro optar por ativos não consolidados e que surgem a partir de fatos cotidianos.
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