- Para o Bradesco BBI, o Ebitda da Vivo ficou acima da expectativa do mercado com expansão de margem em 0,6 ponto porcentual
- Os analistas do banco avaliam que crescimento da receita do empresa continua em boa forma, com alta de 13,8% ante um ano
- O Bradesco BBI tem recomendação neutra para as ações da Vivo, com preço-alvo de R$ 56
O Bradesco BBI considerou os resultados do terceiro trimestre da Telefônica Brasil (VIVT3), dona da Vivo, como marginalmente positivos para as ações da empresa. Segundo o banco, o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ficou um pouco acima da expectativa do mercado, com ligeira expansão de margem.
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O banco tem recomendação neutra para as ações da Vivo, com preço-alvo de R$ 56, o que representa um potencial de valorização de 41% ante o último fechamento.
Em relatório, os analistas Otavio Tanganelli e Camila Koga destacam que o Ebitda recorrente da Vivo atingiu R$ 5 bilhões, o que representa um crescimento de 12,3% ante o mesmo período de 2021 – aumento acima do verificado no segundo trimestre de 2022 ante igual período de 2021, de 8,3% –, impactado por tendências positivas de receita e desaceleração de custos, ficando acima expectativas do consenso de R$ 4,8 bilhões. A margem Ebitda aumentou 0,6 ponto porcentual, para 40,6%.
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“Vemos a Vivo negociando com múltiplo de cerca de 4 vezes o EV/Ebitda (sigla para valor da empresa dividido pelo Ebitda) previsto para 2023, o que não parece exigente, embora acreditemos que possa exigir evidências mais fortes de captura de sinergias da aquisição da Oi e tendências positivas de geração de fluxo de caixa para que uma reclassificação pronunciada se materialize”, afirmam.
A receita da Vivo foi de R$ 12,2 bilhões no terceiro trimestre de 2022, crescimento de 10,6% ante um ano, ainda impactado positivamente pela consolidação da Oi, em linha com a alta de 11,1% verificada no segundo trimestre de 2022 em comparação com igual período de 2021.
Entre outros pontos, os analistas avaliam que crescimento da receita do segmento móvel continua em boa forma. A Vivo registrou crescimento de receita de serviço móvel de 13,8% na comparação anual (versus crescimento de 15,1% verificado no segundo trimestre).
A companhia registrou adições líquidas de 519 mil no segmento pós-pago, resultado de adições líquidas orgânicas de 1,31 milhão (migração de pré-pago + portabilidade) e 797 mil desconexões de acessos inativos da Oi. A receita média por usuário (Arpu, na sigla em inglês), por sua vez, caiu 6,4% em um ano, praticamente em linha com o trimestre anterior, como resultado da consolidação da Oi.
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