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Governo do PR encaminha hoje projeto para privatizar Copel (CPLE6)

Empresa adotará o modelo de corporação que, segundo o governo do Paraná, é "o mais moderno da atualidade"

Governo do PR encaminha hoje projeto para privatizar Copel (CPLE6)
Foto: Divulgação/Copel
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  • Governo do PR deve enviar ainda hoje a proposta que transforma a Copel em uma corporação
  • Estado do Paraná deve seguir como maior acionista, com no mínimo de 15% do capital total
  • A sede da empresa deverá permanecer em Curitiba e o nome da companhia, mantido

O governo do Paraná informou que deve encaminhar até o final desta segunda-feira (21) a proposta para a Assembleia Legislativa do Estado sobre a intenção de transformar a estatal paranaense de energia Copel (CPLE6) em uma corporação. A medida é necessária para efetivar a operação, que deve envolver uma oferta pública secundária de ações ordinárias e/ou de units (certificados de depósito de ações).

Com a operação em estudo, a intenção é que a Copel passe a ter capital disperso, garantindo, porém, que o Estado do Paraná siga como maior acionista, com no mínimo de 15% do capital total. Atualmente, o Estado detém 31,1% do capital da Copel, com 69,7% das ações ON e 6,9% das PNB.

O governo paranaense também quer ter uma ação de classe especial (golden share), com poder de veto, visando, em especial, garantir investimentos da Copel Distribuição.

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Em nota, o governo do Paraná afirma que o modelo de corporação é consagrado nos países mais desenvolvidos, sendo “o mais moderno da atualidade”. “Dessa maneira, a Companhia estará pronta para as mudanças que vão impactar o setor energético nos próximos anos, voltadas aos compromissos ambientais e de geração limpa”, afirma.

Segundo o texto, a Copel é a maior empresa do Estado, atendendo 5 milhões de unidades consumidoras em 394 municípios. “Nessa gestão, investiu quase R$ 7 bilhões no Paraná, com programas como o Paraná Trifásico, Rede Elétrica Inteligente e novas subestações. É o maior pacote da história. Mas para fazer frente ao novo momento do setor elétrico é preciso investir ainda mais”, diz.

O governo do Paraná também lembra que poucos Estados ainda têm a empresa de energia ligada ao Poder Executivo e diz que isso dificulta a expansão na concorrência com o mercado privado. “Com a mudança, a Copel vai liderar o movimento de transformação energética do setor sem as burocracias de uma estatal, mas ainda alinhada aos interesses dos paranaenses”, afirma.

Na nota, o governo paranaense também salienta que a sede da empresa deverá permanecer em Curitiba e o nome da companhia será mantido. “Além disso, os ativos de geração serão preservados, como a Usina de Foz da Areia, deixando intacto o patrimônio da Copel“, acrescenta.

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Também afirma que com a operação, a prestação do serviço pela Copel vai melhorar, seja pela ampliação da capacidade de investimento, seja pela velocidade de execução das obras com o mesmo regramento das empresas privadas.

A nota não diz, mas em fato relevante divulgado mais cedo pela Copel, o governador reeleito do Paraná (PSD), Ratinho Junior, indicou que a operação também “objetiva a captação de recursos financeiros para suprir necessidades de investimento do Estado do Paraná”.

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