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As ações ordinárias da Petrobras (PETR3) operaram em forte queda nesta quarta-feira (14). Ao longo do dia, os papéis derreteram 10,14%, cotados a R$ 24,20 – a maior baixa registrada desde a década de 1980. O ativo caiu 9,40% somente em 27 de abril de 1989, segundo dados da Economática, plataforma especializada em mineração de dados de empresas listadas na Bolsa.
No fechamento do pregão de hoje, PETR3 terminou o dia em queda de 9,8%, cotada a R$ 24,29. A cotação máxima foi de R$ 26,36 e mínima de R$ 23,61, após a divulgação de anúncios políticos que agitaram o mercado financeiro. Com isso, a estatal perdeu R$ 30 bilhões em valor de mercado somente na sessão de hoje, saindo de R$ 331 bilhões para R$ 301 bilhões.
No fechamento do mercado, o Ibovespa subiu 0,20%, aos 103.745,77 pontos.
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Na terça-feira (13), a nomeação de Aloizio Mercadante (PT), ex-ministro da Educação do governo Dilma e economista, para dirigir o BNDES e a aprovação do projeto de lei que admite modificações na Lei das Estatais pela Câmara dos Deputados foi divulgada e balançou a bolsa.
As mudanças permitem a flexibilização das antigas regras para indicações aos cargos das empresas públicas, diminuindo o período de três anos para um mês a indicados que tenham ocupado determinadas posições na política.
A Lei das Estatais foi implementada em 2016, durante o Governo Temer, com o objetivo de impedir que haja influência política nas empresas públicas. Entenda os receios do mercado com a mudança na Lei das Estatais. Nesta reportagem, mostramos as recomendações para o investidor após a queda nas ações das estatais.
Sobre a estatal
A Petrobras é uma empresa estatal de capital aberto, ou seja, com economia mista. A companhia foi fundada em 1953 e seu maior acionista é o governo brasileiro.
Apesar das interferências políticas nos últimos anos, um relatório da gestora global Janus Henderson mostra que a Petrobras lidera a remuneração de proventos aos investidores.
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A petroleira tem um conselho de administração cujos membros são eleitos pelos acionistas. A União federal é dona de mais da metade das ações da companhia, sendo assim o governo brasileiro o acionista majoritário da empresa.
O governo tem então a responsabilidade de indicar a maior parte dos conselheiros — que, por sua vez, têm a prerrogativa de escolher quem será o presidente da Petrobras e os sete diretores executivos da companhia. Esses profissionais definem a política de preços dos combustíveis e seus possíveis reajustes.