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Pré-mercado: Risco de recessão e PEC da Transição na Câmara impõem cautela

Pré-mercado: Risco de recessão e PEC da Transição na Câmara impõem cautela
O mercado de renda variável ganha atenção dos investidores. Foto: Envato Elements

A possível votação da PEC da Transição na Câmara dos Deputados é o destaque da agenda local nesta terça-feira (20). Além disso, o governo do Rio Grande do Sul faz privatização da Corsan na B3. No exterior saem o resultado das construções de moradias iniciadas de novembro dos Estados Unidos e o índice de confiança do consumidor da zona do euro.

As bolsas internacionais tentam ganhar fôlego nesta manhã, mas a cautela persiste diante dos temores de uma recessão global em meio ao processo de aperto monetário na Europa e Estados Unidos.

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O mau humor na Europa tem predominado desde a semana passada, quando o americano Federal Reserve (Fed, o BC dos EUA), o Banco Central Europeu (BCE), o Banco da Inglaterra (BoE) e o suíço SNB elevaram seus juros básicos em 50 pontos-base.

Além disso, hoje o Banco do Japão (BoJ) surpreendeu ao fazer um ajuste em sua política que permitirá que juros de longo prazo subam mais. A autoridade monetária manteve inalteradas as principais referências que balizam a política monetária no país, mas anunciou uma inesperada mudança na condução do controle da curva de juros (YCC, na sigla em inglês), derrubando a o índice Nikkei e levando o iene a se valorizar fortemente em relação ao dólar.

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E o Banco do Povo da China (PBoC) deixou as principais taxas de juros inalteradas apesar dos recentes sinais de enfraquecimento da segunda maior economia do planeta.

A falta de apetite no exterior diante dos temores de recessão deve pesar no Ibovespa e a alta dos yields dos Treasuries tende a influenciar a curva de juros, enquanto o dólar mais fraco ante maioria das moedas possa ser benéfico para o real. A agenda fraca do dia, no entanto, pode limitar a liquidez dos negócios e o foco local fica na possível votação da PEC da Transição na Câmara.

Mesmo com a decisão do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que abre caminho para que o presidente diplomado, Luiz Inácio Lula da Silva, financie o Bolsa Família de R$ 600 com a abertura de crédito extraordinário por meio de medida provisória, o “plano A” do governo eleito para ampliar o Orçamento de 2023 continua a ser a PEC da Transição. Isso porque a decisão de Gilmar não é suficiente para acomodar outras promessas de campanha do presidente eleito.

Leia também: Bolsa Família: como o mercado avalia a decisão de Mendes?

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Mesmo em baixa, Arthur Lira (PP-AL) ainda é visto como favorito à reeleição na Câmara. Mas ainda que mantenha o apoio para a sua recondução, Lira pode perder o controle sobre a divisão dos poderes na mesa diretora.

A ex-ministra do Planejamento Miriam Belchior poderá ser a “número 2” da Casa Civil. Já o senador Carlos Fávaro (PSD-MT), cotado para assumir o Ministério da Agricultura, se reuniu ontem com o presidente diplomado, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e com a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, e tratou sobre a criação de uma linha de crédito voltada ao agronegócio para financiar a recuperação de áreas degradadas.

Agenda Econômica

PEC NA CÂMARA E DADOS DOS EUA SÃO DESTAQUES – A agenda desta terça-feira traz a possível votação da PEC da Transição na Câmara dos Deputados. O governo do Rio Grande do Sul faz privatização da Corsan na B3 (10h00). Nos Estados Unidos, são publicados dados das construções de moradias iniciadas de novembro (10h30) e estoques API de petróleo (18h30). E ainda é informado o índice de confiança do consumidor da zona do euro (12h00).

POR VOLTA DAS 7H20.

Barril do petróleo WTI para fevereiro subia 1,05% na Nymex, a US$ 75,98, enquanto o do Brent para o mesmo mês subia 0,78% na ICE, a US$ 80,42.

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No mercado futuro em Nova York, o Dow Jones caía 0,03%, o S&P 500 recuava 0,16% e o Nasdaq tinha perda de 0,32%.

Na Europa, a Bolsa de Londres caía 0,14%, a de Frankfurt recuava 0,33% e a de Paris se desvalorizava 0,69%.

Entre as moedas, o índice DXY caía 0,61%, a 104,08 pontos, e o dólar recuava a 132,56 ienes (de 137,05 ienes), ante 137,05 ienes no fim da tarde de ontem. O euro subia a US$ 1,0627 (de US$ 1,0608), enquanto a libra recuava levemente, a US$ 1,2137 (de US$ 1,2145).

Na renda fixa, o rendimento da T-note de 2 anos subia a 4,274% (de 4,240%), o da T-note de 10 anos avançava a 3,663% (de 3,588%) e o do T-bond de 30 anos aumentava a 3,719% (de 3,635%).

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