

A Oi (OIBR4) propôs aos credores a tomada de um novo empréstimo no montante de US$ 1 bilhão para ajudar a dar liquidez para a companhia, que encerrou seu processo de recuperação judicial, mas permanece numa situação financeira apertada.
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A Oi (OIBR4) propôs aos credores a tomada de um novo empréstimo no montante de US$ 1 bilhão para ajudar a dar liquidez para a companhia, que encerrou seu processo de recuperação judicial, mas permanece numa situação financeira apertada.
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Essa proposta vem na esteira da renegociação das dívidas iniciada em outubro do ano passado, com assessoria da consultoria Moelis, conforme antecipou a Coluna do Broadcast na ocasião. A tele publicou no último dia 31 de dezembro os termos da proposta em discussão, além das projeções para suas contas nos próximos anos.
A Oi avisou que não há nenhum acordo fechado no momento. “As partes estão dispostas a continuar as discussões e negociações para melhora da estrutura de capital com objetivo de garantir sustentabilidade financeira”, descreveu a operadora, no documento. A tele também afirmou que o dinheiro é necessário para “levantar liquidez e endereçar as necessidades de financiamento de curto prazo”.
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Segundo a proposta em jogo, o financiamento de US$ 1 bilhão pode ser tomado pela Oi com os credores atuais ou com outros investidores. O vencimento está previsto para 2027 com pagamento de juros de 9% ao ano (ou taxa equivalente se a dívida for concebida em real).
A garantia para o empréstimo são as ações da V.tal, empresa de fibra ótica em que a Oi detém uma fatia minoritária, enquanto o controle é exercido pelo BTG Pactual.
A proposta prevê que os credores terão a possibilidade de converter as dívidas atuais da tele conforme duas opções, sendo que as condições de pagamento variam de acordo com a disposição de proverem dinheiro novo ou renovarem as fianças.
Quem colocar dinheiro novo na tele terá condições mais favoráveis: amortização de valores em 2031 e conversão de 65% da dívida em ações. Quem não colocar dinheiro novo, receberá em 2033 e terá conversão de 70% em ações.
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As ações se referem a uma subsidiária a ser originada de um carve out da Oi contemplando os ativos de fibra da companhia. O carve out é a cisão e venda de uma operação, que pode acontecer via Bolsa. Já a operação alvo dessa cisão é descrita no documento como ClientCo, numa referência ao serviço de internet rápida prestado aos clientes, e não à infraestrutura de rede que já foi segregada e hoje compõe a V.tal. A Oi irá reter 70% da participação nessa ClientCo, enquanto os credores ficarão com 30%.
No caso de venda parcial ou total das ações da Oi na V.tal, 100% dos recursos líquidos da venda vão amortizar os credores que injetaram dinheiro novo da Oi. O valor residual vai para pré-pagamento de dívidas já existentes junto aos demais credores.
O plano também prevê que, caso a Oi receba dividendos da V.tal, 75% do montante também vai para quitar obrigações com investidores que colocarem mais dinheiro na tele agora.
*Com colaboração de Cynthia Decloedt
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