- Segundo Marcelo Cidade, economista da Anbima, o destaque positivo dos títulos de curtíssimo prazo e o baixo desempenho dos mais longos refletiram o ambiente de incertezas e de aversão a risco dos agentes em 2022
O IMA-S, índice daAssociação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) que reflete as carteira de títulos públicos remunerados pela Selic (LFTs) com prazo médio de um dia, apresentou retorno de 12,74% em 2022, a maior variação entre os subíndices do Índice de Mercado Anbima (IMA) pelo segundo ano consecutivo. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (10) pela associação.
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Após os retornos do IMA-S, vieram os títulos prefixados de vencimentos de até um ano, espelhados no índice IRF-M1, com avanço de 12,02%. O pior desempenho de 2022 foi do IMA-B5+, que acompanha a carteira de prazos mais longos (NTN-Bs acima de cinco anos), cujo rendimento foi de 3,3%.
O IMA Geral, por sua vez, encerrou o ano com alta de 9,66%, resultado que superou o retorno alcançado em 2021, que havia sido de 0,96%.
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Segundo Marcelo Cidade, economista da Anbima, o destaque positivo dos títulos de curtíssimo prazo e o baixo desempenho dos mais longos refletiram o ambiente de incertezas e de aversão a risco dos agentes em 2022. “Com as surpresas negativas da inflação, o mercado realizou sucessivas reavaliações nas previsões de preços, o que acabou impactando a trajetória dos juros e os preços dos ativos”, avalia.
Títulos privados
O Índice de Debêntures Anbima (IDA) Geral, que reflete os títulos corporativos marcados a mercado, variou 10,64% em 2022. O destaque ficou com o subíndice IDA-DI – de debêntures indexadas à taxa DI diária -, que avançou 14,56%.
Já o IDA Infraestrutura – que acompanha os papéis com isenção fiscal – registrou variação de 5,02%, a mais baixa entre os indicadores do IDA.