Abertura de Mercado: início da temporada de balanço nos EUA e China são os condutores externos da Bolsa hoje; Pacote econômico e Americanas (AMER3) permanecem no radar
Após o Ibovespa ter interrompido ontem uma série de seis pregões seguidos, dados chineses podem servir como um combustível para a retomada do ambiente mais positivo para os negócios – de fato, o principal fundo de índice (ETF) brasileiro negociado em Nova York, o EWZ, subia 0,20% no início desta sexta-feira (13). A agenda econômica, bem como os ajustes relacionados às medidas anunciadas ontem pelo Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, podem contribuir para a formação da curva de juros hoje. O rombo de R$ 20 bilhões da Americanas (AMER3), revelado na quarta-feira à noite, segue no radar.
A sexta-feira (13) começa com sinais divergentes nos mercados internacionais, refletindo a espera dos investidores pelo início da temporada de balanços corporativos do quarto trimestre nos Estados Unidos. Nesse ambiente, a maioria dos índices futuros de Nova York ronda a estabilidade, enquanto os mercados europeus exibem sinais positivos, com ganhos ao redor de 0,50%.
Em outros mercados, os preços do petróleo seguem em trajetória de alta, sustentados ainda pela expectativa de aumento na demanda em meio à reabertura da China após dados da balança comercial do país asiático mostrarem que tanto as exportações quanto as importações caíram menos do que o esperado em dezembro. Os preços futuros do minério de ferro encerram a sessão em alta de 3,40%, cotados ao equivalente a US$ 131,30 por tonelada.
Agenda econômica
Brasil: O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), indicador tido como uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB) calculada pelo Banco Central, deve mostrar às 9h queda mensal de 0,20% em novembro, segundo a mediana de mercado, mas alta de 2,25% no comparativo anual.
EUA: A temporada de balanços corporativos se inicia, com resultados de bancos como Bank of America, Citigroup, JPMorgan e Wells Fargo sendo conhecidos ainda pela manhã. Ao meio-dia, sai o Índice de Sentimento do Consumidor (preliminar) de janeiro da Universidade de Michigan.
Europa: O crescimento da Alemanha desacelerou em 2022, segundo os dados preliminares da Destatis, que mostram que o PIB avançou 1,9% em 2022 ante o ano anterior – um significativo arrefecimento frente ao ganho de 2,6% registrado em 2021. Enquanto isso, a zona do euro apresentou déficit em sua balança comercial de 15,2 bilhões de euros em novembro de 2022, segundo dados da Eurostat, após saldo negativo maior em outubro, de 28,1 bilhões de euros.
Por fim, a produção industrial do Reino Unido caiu 0,2% em novembro ante outubro de 2022, segundo dados publicados hoje pelo Escritório de Estatísticas Nacionais do reino Unido (ONS, na sigla em inglês), ficando acima da expectativa que apontava para uma queda de 0,3% no período.
China: As exportações recuaram pelo terceiro mês consecutivo em dezembro de 2022, ainda influenciadas pelo arrefecimento da demanda global. A Pesquisa do órgão alfandegário mostra que as exportações sofreram um tombo de 9,9% em dezembro ante igual mês do ano anterior, após caírem 8,7% na comparação anual de novembro – a maior contração desde fevereiro de 2020. As importações, por sua vez, tiveram redução de 7,5% em dezembro, menor do que o declínio de 10,6% observado em novembro.
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Em ambos os casos os resultados, apesar de negativos, superaram as expectativas de mercado. Como resultado, em 2022, as exportações subiram 7%, para uma nova máxima histórica de US$ 3,59 trilhões, superando o recorde de 2021, de US$ 3,36 trilhões, levando a um superávit comercial de US$ 877,6 bilhões, o maior já registrado.
