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Treasuries: retornos sobem, após Powell sinalizar mais aumentos de juros

Presidente do Federal Reserve reafirmou que os EUA estão nos estágios iniciais de desinflação

Treasuries: retornos sobem, após Powell sinalizar mais aumentos de juros
Foto: Envato Elements

Os retornos dos Treasuries avançaram nesta terça-feira, após comentários do presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, que falou de desinflação ao mesmo tempo em que sinalizou que a instituição pode aumentar mais os juros.

No fim da tarde em Nova York, o juro da T-note de 2 anos subia a 4,479%, o da T-note de 10 anos aumentava a 3,669%, e do T-bond de 30 anos avançava a 3,710%.

Em evento do Clube Econômico de Washington D.C., Powell reafirmou que os EUA estão nos estágios iniciais de desinflação e que 2023 deve ser um ano de quedas significativas de inflação. Por outro lado, o banqueiro central disse que, caso a economia dos Estados Unidos continue dando sinais fortes, a autoridade terá de seguir elevando as taxas de juros no país.

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Analista da Oanda, Edward Moya destaca que as falas de Powell não revelaram nada de novo, mas provavelmente será uma oportunidade perdida, pois ele poderia ter tentado conter as expectativas de investidores de cortes de juros este ano. “As apostas de corte de taxa para o próximo inverno nos EUA permanecem intactas e isso deve ser um problema para um Fed que tenta levar a inflação para perto da meta”, explica.

Na ausência de novidades, a plataforma de monitoramento do CME Group mostrou que as chances de que o BC americano corte juros até o final deste ano ficaram estabilizada na casa dos 7%.

O dirigente do Fed de Minneapolis, Neel Kashkari, disse hoje que a forte criação de empregos no país em janeiro é evidência de que o Fed tem mais trabalho pela frente no que diz respeito a domar a inflação. Desta forma, Kashkari reafirmou sua previsão de que o juro básico dos EUA poderá chegar a 5,4%, ante a faixa atual de 4,50% a 4,75%. “Temos um trabalho a fazer. Sabemos que aumentar as taxas pode conter a inflação “, disse Kashkari à CNBC. “Precisamos aumentar as taxas de forma agressiva para impor um teto à inflação e, então, deixar a política monetária agir na economia,” acrescentou.

À tarde, um leilão de US$ 40 bilhões em T-notes de 3 anos do Departamento do Tesouro dos EUA teve demanda abaixo da média, de acordo com o BMO Capital Markets. O leilão chegou a reduzir os ganhos dos rendimentos pontualmente.

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