- E-Investidor conversou com especialistas para entender como aproveitar a folia sem que a festa pese tanto no bolso do brasileiro
- Conforme o Ministério do Turismo, cerca de 46 mil pessoas devem viajar aos tradicionais destinos carnavalescos
- Diego Angelos, head da Blocosedu, plataforma de educação financeira, elencou sete dicas para o evento não pesar no orçamento
O mês de fevereiro abriga a festa pela qual o Brasil é conhecido no mudo todo, o carnaval. Em 2023, após dois anos uma pausa forçada pela pandemia de Covid-19, as marchinhas e fantasias voltarão às ruas e, consequentemente, os gastos também. Dessa forma, o E-Investidor conversou com especialistas para entender como aproveitar a folia sem que a festa pese tanto no bolso do brasileiro. Segundo o Ministério do Turismo, 46 milhões de pessoas devem viajar para os tradicionais destinos carnavalescos, como Salvador, Rio de Janeiro e Olinda.
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Somente a Capital paulista estima um público de 15 milhões de pessoas curtindo a folia durante os próximos dias. E quem estará entre os foliões é a fisioterapeuta Giovana Maluf, de 23 anos, que planeja gastar R$ 500 com o evento. “Costumo separar o dinheiro em dezembro e janeiro para não ter prejuízos durante o festejo”, diz.
A advogada Rafaella Leonel, de 24 anos, também afirma que comparecerá nos bloquinhos este ano. Porém, diferente dos últimos carnavais, quando gastou cerca de R$ 400, cogita gastar somente R$ 100 dessa vez, já que sairá para festar em apenas um dia deste carnaval. “Estou namorando, estou velha, antes eu tinha pique para ir todos os dias. A única coisa que quero hoje é ficar lendo o meu livro”, conta.
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Ela conta que sempre se organizou financeiramente para o carnaval. “Costumava deixar uma parcela do salário para isso, montava uma planilha no Excel com os valores das fantasias, bebidas alcoólicas e comida, para sempre ter noção sobre aonde está indo o dinheiro”, diz.
Veja as dicas
Diego Angelos, head da plataforma de educação financeira Blocosedu, elencou sete orientações para que o carnaval não se torne um peso financeiro no final do mês:
- Orçamento diário: gaste sempre o mesmo valor todos os dias, assim você consegue se controlar e se blindar de desejos imediatos;
- Priorize gastos: decida o que é mais importante para você. Por exemplo, se prefere gastar com bebida, coma em casa;
- Se planeje: caso vá viajar, compre ingressos e reserve hospedagem com antecedência para evitar preços elevados e procure por promoções e descontos em sites de comparação de preços e em redes sociais;
- Mantenha-se no orçamento: registre os gastos e certifique-se de que não ultrapassará o orçamento estabelecido;
- Evite gastos desnecessários: evite compras impulsivas e gastos que pesem mais no orçamento, como táxi;
- Use cartões de crédito com cuidado: tente não fazer compras no cartão de crédito, exceto em caso de emergência. Se for necessário utilizá-lo, pague a fatura integralmente no fim do mês;
- Crie um orçamento: determine quanto você pode gastar durante o carnaval e crie um orçamento detalhado. Considere gastos com transporte, alimentação, bebidas, hospedagem e entretenimento.
Artur Soares, educador financeiro, sugere uma maneira prática de estruturar o orçamento pessoal ao longo do ano, chamada de 50/20/30, que consiste em: 50% do orçamento para gastos básicos e essenciais; 30% para gastos flutuantes, como lazer no carnaval; e 20% para investir. Em relação à festa deste mês, ele lembra que as bebidas, por uma questão de escassez, ficam mais caras nos locais de desfile dos blocos. “Então se precisar poupar um pouco e não se incomodar, pode comprá-las no supermercado”, afirma.
O economista Fabio Louzada e CEO da Eu me Banco, escola de educação financeira, por sua vez, recomenda que os foliões usem da criatividade para montar a própria fantasia. “Se estiver sem ideia, assista vídeos no YouTube. Não faltam sugestões boas na internet”, diz. Ele explica que os adereços são caros e podem provocar um rombo no orçamento – se pesquisada a palavra “fantasia” no Google, as primeiras opções giram em torno de R$ 100.
“Também vale a pena ir a festas de rua no lugar dos eventos fechados, que podem cobrar valores bem mais altos não só em bebidas, como também de entrada. Bloquinhos de rua são mais democráticos e baratos”, indica Louzada.