O dólar recuou ante boa parte dos rivais hoje, em compasso de espera pela divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) de janeiro nos Estados Unidos, marcada para amanhã. Contudo, a divisa americana avançou sobre o iene, frente a relatos sobre a nomeação do novo presidente do Banco do Japão (BoJ).
No fim da tarde em Nova York, o dólar avançava a 132,36 ienes, o euro subia a US$ 1,0724 e a libra tinha alta a US$ 1,2137. O índice DXY – que mede a moeda americana ante seis rivais fortes, fechou em queda de 0,28%, a 103,345 pontos.
Em pesquisa divulgada nesta tarde, o Federal Reserve (Fed) de Nova York informou que as expectativas de inflação nos EUA permaneceram, no geral, estáveis em janeiro. A pesquisa contribuiu para o clima benigno observado nos mercados internacionais, que favoreceu boa parte das divisas rivais ao dólar.
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Apesar disso, o ING espera que a moeda americana se recupere em breve, com o índice DXY possivelmente de volta ao nível de 105 pontos. “O relatório da CPI amanhã pode ajudar a construir expectativas sobre uma alta de juros pelo Federal Reserve em maio, dando suporte ao dólar”, avalia.
Já a libra deve se desvalorizar ao longo do ano, indica o Rabobank. Em relatório a clientes, o banco reforçou sua projeção de que o euro avance a 0,90 libras até o segundo semestre e percebe espaço para que a moeda britânica tenha queda abaixo de US$ 1,20. “A economia do Reino Unido é a única até o momento que não se recuperou aos níveis pré-pandemia. Além do crescimento fraco, está lidando com alta inflação, baixa produtividade, crescimento fraco de investimentos e comércio repleto de atritos pós-Brexit”, destaca o Rabobank.
Já em relação ao iene, o dólar avançou nesta sessão após relatos sobre o próximo presidente do BoJ, Kazuo Ueda, indicarem posicionamento menos dovish que o do atual líder da autoridade monetária, Haruhiko Kuroda.