UBS e Credit Suisse: conheça os dois bancos mais importantes da Suíça

A compra ocorre em meio a uma crise envolvendo o Credit Suisse. Após divulgar cinco prejuízos consecutivos, o banco ainda anunciou, na última terça-feira (14), ter encontrado “fragilidades materiais” nos relatórios financeiros dos últimos dois anos. A compra pelo UBS foi fruto de um esforço conjunto de agentes financeiros suíços para evitar um problema maior no sistema bancário mundial.

Centenários, estes são dois dos mais importantes bancos do mundo e os maiores da Suíça. Eles fazem parte da lista de bancos sistemicamente importantes elaborada pelo Financial Stability Board do G20.

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Entenda mais sobre a história das duas instituições.

A história do UBS

O Bank in Winterthur, banco regional localizado na cidade suíça de Winterthur, foi criado em 1862. Esta é a instituição que, posteriormente, daria origem ao UBS. Em 1912, o Bank in Winterthur se transforma em Union Bank of Switzerland.

Paralelamente, outras instituições financeiras se desenvolviam, formando algumas das bases do que seria o sistema bancário suíço — caso da Swiss Bank Corporation, que se fundiu mais tarde ao Union Bank of Switzerland em 1998, dando origem ao UBS.

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Atualmente, o banco atua nos segmentos de gestão de patrimônio, serviços bancários pessoais e corporativos, gestão de ativos e banco de investimentos.

O UBS ocupa a posição 101 entre as maiores empresas do mundo no ranking Forbes 2000 do ano de 2022. De acordo com o levantamento, a empresa possuía um patrimônio de US$ 1.117 bilhões e um valor de mercado de US$ 56 bilhões.

A história do Credit Suisse

Como diversos outros bancos do século 19, o Credit Suisse também tem a sua origem associada ao contexto de industrialização suíça e capilarização das linhas ferroviárias do país. A empresa foi fundada pelo político e empresário Alfred Escher com o nome de Schweizerische Kreditanstalt (SKA).

A expansão do banco para além do setor de desenvolvimento nacional ocorre ainda no século 19. Já em 1870, o Credit Suisse possuía uma representação nos Estados Unidos.

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A empresa que hoje se chama Credit Suisse comprou, em 2007, a participação majoritária da gestora de patrimônio brasileira Hedging-Griffo. O banco de investimentos First Boston foi outro a ser adquirido pelo Credit Suisse, ainda em 1990, fazendo parte da expansão da holding.

Desde 2020, o banco já sofre com crises recorrentes. Em 2020, o Credit Suisse esteve associado a acusações de lavagem de dinheiro envolvendo a máfia búlgara. No ano seguinte, o banco foi impactado pelo colapso das empresas de investimento Greensill e Archegos, que acarretaram em perdas de US$ 15 bilhões.

Em 2022, a empresa passou por trocas em cargos altos e, em outubro, anunciou um plano de reestruturação com corte de 15% em despesas e demissão de 9 mil funcionários.