- Levantamento da Anbima elaborou um ranking com os principais influenciadores de investimentos, levando em consideração critérios como popularidade (seguidores), engajamento médio (interações) e comprometimento (volume de publicações)
- Falando para 165,7 milhões de seguidores, os influenciadores de finanças e investimentos foram responsáveis por 1.257 perfis no Facebook, no Instagram, no Twitter e no Youtube
- O número representa um crescimento de 116,4% em relação aos 581 perfis identificados na edição passada do relatório da Anbima
O público que acompanha os chamados “finfluencers”, influenciadores que falam de finanças e investimentos, cresceu 76% em 2022, segundo a quarta edição do relatório “Finfluence – quem fala de investimentos nas redes sociais”, produzido pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) em parceria com o Instituto Brasileiro de Pesquisa e Análise de Dados (IBPAD).
Leia também
O número de influenciadores passou de 255 no primeiro semestre para 515 no segundo. O levantamento aponta que essa alta foi puxada pelo boom de pequenos e médios perfis de finfluencers.
Falando para 165,7 milhões de seguidores, os influenciadores de finanças e investimentos foram responsáveis por 1.257 perfis no Facebook, no Instagram, no Twitter e no Youtube. O número representa um crescimento de 116,4% em relação aos 581 perfis identificados na edição passada do relatório da Anbima.
Publicidade
Invista em oportunidades que combinam com seus objetivos. Faça seu cadastro na Ágora Investimentos
Ainda, eles somaram 1.489 interações médias (medidas por curtidas, compartilhamentos e comentários) no segundo semestre de 2022, alta de 10% frente aos primeiros seis meses do ano. Juntos, produziram 276,8 mil publicações, 47,2% a mais do que no levantamento anterior.
“Diante do dinamismo desse segmento, aprimoramos nossos robôs e passamos a fazer uma varredura mais recorrente pelas redes sociais em busca de perfis novos ou que começaram a ganhar relevância. Os dados trouxeram o que esperávamos: não houve mudança significativa entre os finfluencers grandes, mas o boom de pequenos e médios players ampliou significativamente a nossa base”, afirma Amanda Brum, gerente executiva de Comunicação, Marketing e Relacionamento com Associados da Anbima.
- Veja também: Influencers citam mais produtos financeiros e criptomoedas se destacam
Ranking de influenciadores
O levantamento da Anbima elaborou um ranking com os principais influenciadores de investimentos, levando em consideração critérios como popularidade (seguidores), engajamento médio (interações) e comprometimento (volume de publicações). Foram considerados 391 influenciadores que já eram mapeados até 1° de julho de 2022, deixando de fora os que passaram a ser monitorados apenas no segundo semestre, “uma vez que teriam desvantagens na comparação de métricas”, descreve o relatório.
O primeiro lugar é do canal “O Primo Rico”, de Thiago Nigro. Em seguida aparecem o canal “Economista Sincero”; o produtor de conteúdo Bruno Perini, do “Você MAIS Rico”; a casa de análise “Dica de Hoje”; e o assessor Jonathan Camargo. “O estudo deixa ainda mais claro o papel imprescindível que os influenciadores exercem no mundo dos investimentos e o alcance da voz deles dentro do mercado financeiro. Para muitos e muitas, os finfluencers são a porta de entrada para quem está começando a entender esse universo e uma espécie de bússola para aqueles que querem ampliar seus conhecimentos na área”, avalia Brum, da Anbima.
Mulheres engajam mais
Publicidade
De forma inédita, o levantamento também apresenta um ranking exclusivo de influenciadoras, com o objetivo de “destacar o papel feminino em um setor em que os homens predominam”, diz a Anbima. Elas são 12,4% do total de finfluencers monitorados, mas conseguem engajar mais que os homens: a média de interações nas publicações feitas por elas é de 2.460, enquanto nas deles é de 2.057.
- Confira os temas preferidos dos influenciadores de finanças
O primeiro lugar do ranking de influenciadoras é da produtora de conteúdo Nathalia Arcuri, do canal “Me Poupe”. Ela é seguida pela analista Cristiane Fensterseifer; pelo canal “Riqueza em Dias”; pelo canal “Papo de Bolsa”, e pela trader Pam Semezzato.
Parcerias com instituições crescem 240%
No radar das instituições pela capacidade de falar para um público já interessado no mundo dos investimentos, os influenciadores multiplicaram as parcerias com bancos, fintechs e corretoras, seja na forma de palestras em eventos, publicidade, participação em conselhos, sociedades ou trabalhos em projetos específicos.
Segundo o relatório, dos 515 finfluencers acompanhados, 414 anunciaram em suas redes algum tipo de parceria com instituições, um aumento de 240%. Desse total, 253 são ou foram parceiros de instituições que seguem as regras de autorregulação da Anbima, contra 60 na edição anterior.
Publicidade
De acordo com o levantamento, o número de instituições que firmaram essas parcerias caiu de 33 para 32 na comparação com o relatório anterior. A XP permanece na liderança e ampliou sua atuação junto aos influenciadores, de 7 para 23.