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- Após um início de semana bastante morno, os dados revelando crescimento acima da previsão na China aumentam o apetite por ativos de risco
- A entrega do texto do novo arcabouço fiscal ao Congresso, adiada para hoje, deve atrair a atenção dos investidores
- Daqui para frente, os direcionadores para os mercados devem vir, majoritariamente dos Estados Unidos, onde são esperados resultados de grandes bancos durante o 1 trimestre de 2023
Após um início de semana bastante morno, os dados revelando crescimento acima da previsão na China aumentam o apetite por ativos de risco mundo afora nesta terça-feira (18). Nesse ambiente, as principais bolsas europeias e os índices futuros de Nova York avançam, o dólar recua e os juros dos Treasuries (títulos de renda fixa de dívida pública do governo norte-americano) operam sem direção única.
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Daqui para frente, os direcionadores para os mercados devem vir, majoritariamente dos Estados Unidos, onde são esperados resultados de grandes bancos durante o primeiro trimestre de 2023, além de novos pronunciamentos de membros do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), que podem chancelar as expectativas relacionadas ao movimento da autoridade no próximo encontro de política monetária, que por ora apontam para um ajuste adicional de 0,25 ponto porcentual na taxa de juros.
Entre as commodities, os contratos futuros do petróleo operam em baixa leve nesta manhã, enquanto os preços futuros do minério de ferro tiveram ganhos de 2,08% durante a madrugada em Dalian, cotados ao equivalente a US$ 114,02 por tonelada. Esse ânimo observado em outros mercados, sustentado por dados de um importante parceiro comercial do Brasil, deve estimular a busca por ativos de risco por aqui.
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A entrega do texto do novo arcabouço fiscal ao Congresso, adiada para hoje, deve atrair a atenção dos investidores, assim como o fato de que o governo, aparentemente, pressiona uma aprovação mais rápida do projeto, de forma a garantir os recursos de que precisa para manter seus principais programas – o que pode ser um direcionador para alguns setores em particular, como educação e construção civil, por exemplo.
Agenda econômica
Brasil: Sem grandes direcionadores econômicos, a agenda interna trouxe apenas a segunda prévia de abril do Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) das Capitais (8h), que mostrou desaceleração em seis das sete capitais pesquisadas, e um leilão de títulos pós-fixados do Tesouro Nacional (11h).
EUA: Entres os indicadores econômicos, dados sobre construções de moradias iniciadas e permissões para novas obras em março (9h30) e de estoques semanais de petróleo (17h30) estão previstos. Na frente corporativa, Bank of America e Goldman Sachs publicam balanços, antes da abertura dos mercados à vista em Nova York, enquanto Netflix e United Airlines anunciam resultados após o fechamento. Com relação aos eventos do dia, a diretora do Fed, Michelle Bowman, discursa (14h).
Europa: O índice de expectativas econômicas da Alemanha caiu de 13 pontos em março para 4,1 pontos em abril, segundo pesquisa divulgada pelo instituto alemão ZEW, frustrando a expectativa de alta do indicador a 15 pontos neste mês. Por outro lado, o índice de condições atuais medido pelo ZEW avançou no mesmo período, de -46,5 para -32,5 pontos.
China: O Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 4,5% no primeiro trimestre de 2023 ante igual período de 2022, segundo informou o Escritório Nacional de Estatísticas (NBS), superando a previsão de alta de 4,0%. Na comparação trimestral, o resultado dos primeiros três meses de 2023 apresentou crescimento de 2,2%.
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Além disso, as vendas no varejo avançaram 10,6% em março, na comparação anual, acima da previsão de alta de 7,9%. Na comparação mensal, o crescimento foi de 0,15%. Por fim, a produção industrial local cresceu 3,9% em março, ante igual período do ano passado, um pouco aquém da previsão de crescimento de 4,1%.
- Veja também: Bolsas da Ásia não se entendem sobre crescimento da China acima do previsto