Uma das maiores corretoras de criptoativos do mundo até 2022, a FTX, chamou a atenção de celebridades, como o atleta Tom Brady e a modelo Gisele Bundchen, que chegaram a ter ações na empresa.
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Mas o glamour desabou com a falência da FTX e a acusação de fraude direcionada a executivos. Agora, celebridades que promoveram ativos da empresa são alvos de uma ação coletiva movida por pessoas que se sentiram prejudicadas pelo endosso dos famosos à marca.
A cantora Taylor Swift, no entanto, parece ter sido uma das poucas celebridades a perceber que poderia haver problemas. Segundo o Insider, o advogado responsável pelo ação coletiva, Adam Moskowitz, relatou em podcast que a cantora foi a única estrela de que tem notícia a questionar a FTX sobre a legalidade dos valores mobiliários que eram comercializados.
“Corrida bancária de criptoativos”
A divulgação de balanços comerciais da FTX e da Alameda Research, duas empresas fundadas por Sam Bankman Fried, em novembro de 2022 ligou o alerta de investidores. Os relatórios apontavam que as companhias estavam em risco de não cumprirem com os pagamentos devido a um problema de liquidez.
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Ocorre que fundos de clientes da FTX estavam sendo repassados por meio de acordos para manter a liquidez da Alameda, que sofria de problemas de caixa.
Os relatórios deflagraram uma espécie de corrida bancária — movimento de grande número de clientes em pedirem resgate dos valores em conta — dos criptoativos. A FTX chegou a suspender os saques de usuários da plataforma, mas o movimento resultou em uma venda em generalizada dos tokens de governança da empresa, o FTT.
A Binance, outra grande corretora de criptoativos, chegou a anunciar que pretendia comprar a FTX para amenizar a crise, mas logo voltou atrás da decisão. A FTX pediu falência em 11 de novembro de 2022.
Ex-CEO responde na justiça
O ex-CEO da FTX e da Alameda Research, Sam Bankman-Fried, foi acusado de fraude pelo SEC pelas movimentações envolvendo fundos dos clientes da FTX transferidos ao hedge fund da Alameda. As movimentações chegaram a US$ 1,8 bilhão, afirmou o órgão.
Além disso, a justiça americana também acusou o executivo de fornecer informações falsas e incorretas sobre a condição da Alameda.
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Bankman-Fried foi preso e deportado das Bahamas, onde ficava a sede da FTX, em dezembro de 2022. Em janeiro e março deste ano o ex-presidente-executivo alegou não ser culpado em nenhuma das acusações feitas contra ele.