- O que hoje compra duas vezes a mansão mais cara do mundo, vendida em 2022 por US$ 141 milhões, há exatos 13 anos comprou apenas duas pizza
- No dia 22 de maio de 2010, ocorreu a primeira transação financeira com bitcoins, quando as redondas foram compradas pelo valor de 10 mil BTC. O dia ficou conhecido como Bitcoin Pizza Day e é um marco no mundo cripto
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O que hoje compra duas vezes a mansão mais cara do mundo, vendida em 2022 por US$ 141 milhões, há exatos 13 anos comprou apenas duas pizzas.
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No dia 22 de maio de 2010, ocorreu a primeira transação financeira com bitcoins, quando as redondas foram compradas pelo valor de 10 mil BTC. O dia ficou conhecido como Bitcoin Pizza Day e é um marco no mundo cripto. Entenda se a criptomoeda pode voltar a valer duas pizzas aqui
“Esse dia é importante porque a gente viu alguém da outra ponta comercial aceitando bitcoins como forma de pagamento por um bem, no caso as duas pizzas. Isso é simbólico porque é o começo de uma jornada de entendimento que havia valor naquela moeda para troca”, comenta Bruno Diniz, professor de inovação financeira na USP, Bruno Diniz.
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À época, a moeda digital valia US$ 0,0041 e foi anunciada como meio de pagamento no dia 18 de maio em um fórum na internet sobre criptos, o Bitcointalk.org.
Quem oferecia era um programador da Flórida (EUA), Laszlo Hanyecz, que desejava comprar as duas pizzas e, em troca, pagaria o valor de US$ 41, aproximadamente, com os milhares de bitcoins.
O BTC, criado um ano antes, ainda não possuía um valor de lastro correspondente ao dólar e parecia ousado propor qualquer troca comercial com ele, por menor que fosse. Mas, quatro dias depois, o estudante Jeremy Sturdivant, também participante do fórum, topou o desafio e enviou para a casa de Hanyecz duas pizzas da conhecida rede Papa John’s.
Atualmente, na cotação desta segunda-feira (22), a moeda vale US$ 26.844,2. Caso o estudante ainda estivesse em posse de seus bitcoins, teria hoje US$ 268,44 milhões, ou cerca de R$ 1,33 bilhão na cotação atual do dólar em R$ 4.97.
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Se tivesse vendido seus 10 mil BTC em novembro de 2021, quando o preço da moeda bateu seu recorde,de US$ 69 mil, Sturdivant poderia ter embolsado US$ 690 milhões ou R$ 3,42 bilhões. Contudo, meses antes, em maio de 2021, o estudante contou, em entrevista ao New York Post, que gastou os bitcoins em viagens e games ao longo dos anos – mas que, mesmo perdendo “riquezas ilimitadas” estava “orgulhoso de ter desempenhado um papel” no “fenômeno global”.
De centavos para milhares de dólares
Segundo Diniz, uma somatória de fatores levou o bitcoin a essa valorização que já chega a quase 644.000.000%, da primeira transação em 2010 até hoje. Para ele, a moeda virtual mostrou seu potencial e resiliência.
“A tecnologia do ativo se provou resiliente. É um ativo que é a prova de censura, que circula pela internet e não necessita seguir alguns ritos tradicionais do mercado. Ele é, de uma forma geral, um ecossistema financeiro paralelo viável. Por muitas vezes, já até auxiliou a efetuação de pagamentos em situações onde havia algum tipo de sanção ou bloqueio”, disse.
Yuri Landim, especialista em criptoativos da WIT (Wealth, Investments & Trust), Yuri Landim, concorda e acrescenta que a valorização também derivou-se da oferta limitada do BTC, combinada com a crescente demanda, o que contribuiu para sua escassez e aumentou seu valor ao longo do tempo.
“Além disso, a adoção cada vez maior do bitcoin como uma forma de investimento e meio de pagamento, juntamente com a confiança na tecnologia subjacente, a descentralização do sistema financeiro e a busca por proteção contra a inflação, ajudaram a impulsionar seu crescimento”, disse.
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