O dólar se valorizou ante outras moedas fortes, como euro, libra e iene, após o Senado dos Estados Unidos aprovar na noite anterior projeto para elevar o teto da dívida, contornando o risco de um eventual default. O quadro foi de apetite por risco, o que pressionou a divisa americana ante moedas emergentes em geral, em meio também a avaliações sobre o relatório mensal de empregos (payroll), que mostrou em maio criação de vagas acima do previsto, mas a alta nos salários desacelerando mais que o esperado por analistas.
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No fim da tarde em Nova York, o dólar subia a 139,97 ienes, o euro caía a US$ 1,0711 e a libra tinha baixa a US$ 1,2451. O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes, registrou alta de 0,44%, a 104,015 pontos, com avanço de 0,79% na comparação semanal.
No início do dia, o dólar operava bem perto da estabilidade ante euro e libra, após a aprovação do projeto de lei sobre o teto da dívida nos EUA. Já com o payroll houve num primeiro momento reação modesta, com o DXY oscilando perto da estabilidade. Mais adiante, o dólar ganhou mais força ante outras moedas principais, em meio também ao ganho de fôlego dos retornos dos Treasuries.
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Em toda a semana, a Capital Economics avaliou que o dólar se mostrou estagnado na mesma faixa, em meio a indicadores mistos e com tom “ambivalente” do Fed. Após o payroll, no fim desta tarde o monitoramento do CME Group mostrava cerca de 70% de chance de manutenção nos juros pelo BC americano neste mês.
Entre outras moedas em foco, o dólar avançava a 240,9200 pesos argentinos. O BC da Argentina anunciou hoje a renovação e a ampliação de um acordo de swap cambial com a China, no momento em que o país busca contornar a falta de moeda forte, em quadro de inflação elevada e crescimento fraco.