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- O mercado se manteve estável depois do comunicado feito ontem pelo Comitê de Políticas Monetárias (Copom), mesmo depois do anúncio continuação da taxa Selic a 13,75%
- Esse cenário está ligado a movimentação do mercado externo, principalmente, com indicação de aumento da taxa de juros pelo banco central dos EUA
- Na contramão, no Brasil não há sinalização para novo aumento e, por isso, estamos um passo à frente de outros países
- Esse cenário é favorável para quem busca diversificar a carteira de investimentos a curto prazo, com a aquisição de ações, FIIs, títulos pré-fixados de renda fixa e até alguns pós-fixados
O mercado se manteve estável depois do comunicado feito na quarta-feira (21) pelo Comitê de Políticas Monetárias (Copom), após a decisão de manter a taxa Selic a 13,75%. O Ibovespa subiu 0,18% na semana, passando de 118.758,42 pontos para 118.977,1 pontos. Pela nona semana consecutiva, o principal índice acionário da B3 fechou em alta, maior sequência desde agosto de 2016.
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Apesar de uma expectativa de queda na taxa básica de juros a partir de agosto, essa estabilidade como resposta também é consequência da movimentação do mercado externo. A fala do presidente do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA), Jerome Powell feita na última segunda-feira (19) ao enfatizar que irá subir a taxa de juros do país, demonstra a tentativa de frear a inflação interna, que ainda não está controlada.
Espera-se ainda pelo menos mais dois aumentos de juros nos Estados Unidos até o fim do ano. Situação que gera incerteza para os investidores internacionais.
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O especialista em renda variável e analista CNPI-T, Eduardo Mira, comenta que a reação interna não é preocupante pelo momento em que o Brasil vive. “A possibilidade de uma recessão cresce conforme há aumento nos juros. Aqui estamos em uma fase de esperar a queda deste juros. Ninguém está sinalizando um novo aumento. Estamos um passo à frente de outros países”, afirma.
Oportunidade para investimentos
Mesmo sem o comunicado do Copom cravar uma real diminuição nos juros a partir de agosto, a expectativa de queda da Selic no segundo semestre continua. Esse cenário é favorável para quem busca diversificar a carteira de investimentos a curto prazo, pois a ”janela de oportunidade”, como pontua Mira, se estendeu por pelo menos dois meses.
“As oportunidades estão em aquisição de ações, FIIs, títulos pré-fixados de renda fixa e até alguns pós-fixados, pois eles devem valorizar mais no segundo semestre”, destaca.
Entre os FIIs, os fundos de shopping e lajes corporativas, que estão dentro da categoria ‘tijolo’, tendem a valorizar mais do que as de galpões de logísticas nos próximos meses, pois este último já teve uma valorização anterior e não deve crescer como os outros.
Além deles, de acordo com Mira, os FOFs (fundos de fundos), se adquiridos a uma taxa menor que 1, também são atrativos, por conta do preço das cotas e seus dividendos.
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