O cobre fechou em alta nesta sexta-feira (30), depois que leitura fraca do índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) industrial da China fortaleceu expectativas por novas medidas de apoio à atividade por parte do governo chinês. A cotação do metal também foi sustentada pela desvalorização do dólar, acentuada após divulgação de dados de inflação e de confiança do consumidor nos Estados Unidos, que sugerem que o ciclo de aperto do Federal Reserve (Fed) já pode estar surtindo efeito.
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Na Comex, divisão para metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o cobre com entrega prevista para julho avançou 1,73% no dia, a US$ 3,7410 por libra-peso. Em todo o mês de junho, o ganho foi de 2,86%. Já ao longo do primeiro semestre, houve baixa de 1,82%.
Na London Metal Exchange (LME), a tonelada do metal para três meses operava em alta de 1,81% por volta de 14 horas (de Brasília), a US$ 8.321,00. Na variação mensal, houve alta de 3,0%, mas na semestral, baixa de 0,69%.
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Nesta sessão, o mercado observou a divulgação do PMI industrial da China de junho, que subiu a 49,0, marginalmente abaixo da previsão de 49,1 e ainda inferior ao patamar neutro de 50, portanto em território de contração. O dado comprovou que a economia chinesa está em dificuldades, em face de exportações fracas e de pressão do setor de habitação, segundo o Danske Bank. O banco disse em relatório que o dado reforça a necessidade de maior estímulo econômico no país, e que espera anúncio de novas medidas ao longo do verão (do Hemisfério Norte), ainda que sejam moderadas.
O operador de renda variável da Manchester Investimentos Guilherme Paulo afirmou que essa perspectiva cada vez mais forte de que haverá estímulos do governo chinês tem dado impulso a algumas commodities que tem correlação próxima com a China, como é o caso do cobre.
O analista destacou ainda a divulgação nesta manhã do índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês), o indicador de inflação preferido do Federal Reseve (Fed, banco central dos EUA), que mostrou desaceleração da alta de preços em maio e enfraqueceu o dólar. No horário citado, o índice DXY, que mede a força da moeda americana ante rivais, caía 0,51%. “Isso acaba beneficiando o cobre”, acrescentou.
Para o futuro, a Fitch Ratings disse hoje que espera um crescimento moderado do consumo global de cobre refinado em 2023, acompanhado pelo aumento da produção nas minas.
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Outros metais negociados na LME sob vencimento de três meses operavam sem sinal único. No horário citado, a tonelada do alumínio cedia 0,16%, a US$ 2.157,50; a do chumbo subia 0,63%, a US$ 2.091,00; a do níquel caía 0,82%, a US$ 20.475,00; a do estanho operava em alta de 2,45%, a US$ 26.710,00; e a do zinco subia 2,18%, a US$ 2.394,00.