Se antecipando às possíveis críticas sobre a segunda redução do preço da gasolina em junho, e da queda do valor do Gás Liquefeito de Petróleo (GLP), o presidente da Petrobras (PETR3; PETR4), Jean Paul Prates, detalhou pela primeira vez em redes sociais o motivo para o movimento da estatal, que, segundo ele, nada tem a ver com a compensação da volta dos impostos federais sobre o combustível esta semana ou pedido do governo.
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“Não é o caso. Estamos tão somente acompanhando o mercado, mas, como prometido, sem o automatismo da estratégia anterior, reconhecendo que a contenção de volatilidade é um benefício que se convém apresentar à sociedade em geral”, afirmou Prates.
No caso dos contratos de gasolina, Prates explicou que eles se desvalorizaram com os crack spreads (diferença entre a cotação do combustível frente ao barril de óleo cru) perdendo força nos principais mercados.
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“Os contratos futuros do RBOB (contrato futuro de gasolina mais operado no mundo) perderam valor e a estrutura de mercado se enfraqueceu, atenuando a retração”, explicou, acrescentando que os estoques americanos de gasolina apresentaram leve aumento, mantendo-se acima dos níveis de 2022 e abaixo do intervalo sazonal. Além disso, destacou, “a demanda local se recuperou, aproximando-se da média esperada para essa época do ano”.
Já no caso do GLP, Prates argumentou que os estoques aumentaram nos Estados Unidos, permanecendo acima dos níveis de 2022 para essa época do ano e próximo da máxima sazonal do período 2016-21 (menos 2020).
“Tanto na Europa quanto na Ásia, as margens das petroquímicas seguem relativamente baixas, com o propano e o butano perdendo competitividade. Na Ásia, as petroquímicas chinesas apresentam taxas de operação em torno de 73%. As curvas futuras do propano estão estáveis no curto prazo, entrando em contango (preços futuros acima do preço à vista) nos meses mais à frente”, informou.
A Petrobras anunciou nesta sexta-feira (30) queda de 5,3% no preço da gasolina e de 3,9% no preço do GLP. As ações da empresa sofreram com o anúncio, considerado uma compensação pela volta da cobrança de impostos federais sobre a gasolina, suspenso pelo governo anterior.
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