A sexta-feira começa com os investidores à espera do (talvez) mais importante dado da semana: o payroll, o relatório oficial de criação de postos de trabalho nos Estados Unidos. Após uma espécie de prévia surpreendentemente forte ontem, mostrada pela pesquisa ADP, o consenso de mercado ainda aponta para uma desaceleração na criação de vagas, queda na taxa de desemprego e aumento do salário médio por hora em junho. Caso os dados venham fortes, é provável que as expectativas de que o Federal Reserve volte a elevar seus juros básicos em julho cresçam novamente – após a pausa na reunião do mês passado.
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Ainda assim, agora pela manhã, as principais bolsas da Europa mostram alguma força e avançam, enquanto os índices futuros de Nova York rondam a estabilidade. Além disso, para além dos mercados acionários, o índice DXY – que mede as variações do dólar frente a outras seis divisas relevantes – opera praticamente estável, os contratos futuros do petróleo têm alta modesta e os preços futuros do minério de ferro registraram perdas de 1,87% na madrugada em Dalian, cotados ao equivalente à US$ 112,36 por tonelada.
Por aqui, a aprovação da Reforma Tributária em segundo turno na Câmara dos Debutados, na noite de ontem, é o grande destaque da sessão. O texto cria o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), que substituirá o ICMS estadual e o ISS municipal, e a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), que ficará no lugar de tributos federais, como o PIS e a Cofins – cria ainda um Imposto Seletivo que compensará o fim do IPI. Vale observar que a votação dos destaques está prevista para começar às 10 horas e permanecerá no foco dos investidores.
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Agenda econômica – 07/07
Brasil: A Câmara conclui a votação da Reforma Tributária, com análise de quatro destaques (10h00). Entre os indicadores, estão previstos os dados (10h) da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). Logo cedo, o IGP-DI de junho (8h) mostrou deflação de 1,45%, vindo de uma queda de 2,33% em maio.
EUA: A agenda terá como destaque a divulgação do relatório de emprego Unidos (payroll), com dados sobre a geração de postos de trabalho, taxa de desemprego e salário médio por hora (9h30). O consenso de mercado aponta para a criação de 230 mil novos postos de trabalho em junho, após 339 mil em maio, com uma taxa de desemprego de 3,6% (de 3,7% em maio).
Europa: Na Alemanha, a produção industrial caiu 0,2% em maio ante abril, abaixo da expectativa de alta de 0,1% para o período.
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