Os juros dos Treasuries avançaram nesta sexta-feira, após dados de expectativas de inflação e sentimento do consumidor nos Estados Unidos potencializarem os ajustes dos rendimentos, que vinham em forte marcha descendente nas sessões anteriores em meio a sinais de desinflação.
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Perto do fechamento das bolsas de Nova York, o retorno da T-note de 2 anos subia a 4,729%, o da t-note de 10 anos avançava a 3,817% e o do T-bond de 30 anos aumentava a 3,923%. As marcações, no entanto, permaneciam bem abaixo dos níveis verificados no fim da semana passada, quando os papéis de 10 e 30 anos rendiam acima de 4%.
No final da manhã, a Universidade de Michigan informou que o índice de sentimento do consumidor americano saltou ao maior nível desde setembro de 2021, conforme leitura preliminar de julho. As expectativas de inflação de 1 e 5 anos também avançaram marginalmente, a 3,4% e 3,1%, respectivamente.
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Wall Street reagiu à notícia com certo desconforto e os juros dos Treasuries renovaram máximas intraday. Investidores consolidaram a aposta de que o Federal Reserve (Fed) subirá juros este mês, mas há maior incerteza sobre os próximos passos. Até porque, nos últimos dias, os índices de preços ao consumidor (CPI) e ao produtor (PPI) forneceram evidências de desinflação consistente.
Ontem, o diretor do Fed Christopher Waller defendeu mais dois aumentos da taxa básica este ano. Já o presidente da distrital de Chicago, Austan Goolsbee, ressaltou à Fox News que a inflação ainda está mais alta do que o ideal, mas ressaltou que houve progressos.
Para a Oxford Economics, a solidez da economia dos EUA e o alívio inflacionário levarão o BC americano a apertar a política pela última vez neste ciclo agora em julho. “Isso reduzirá os rendimentos e começará a reverter o achatamento da curva este ano até 2024”, prevê a consultoria.
O Julius Baer recomenda que investidores invistam nos Treasuries de longo prazo, que devem se tornar mais atrativos à medida que o Fed abre caminho para corte de juros. “Quanto mais tempo o Fed permanecer muito restritivo, maior será a pressão para cortar as taxas no futuro”, avalia.
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