O cobre fechou em queda nesta terça-feira (18), em meio a preocupações com a demanda global, enquanto investidores digerem dados mistos dos Estados Unidos e monitoram sinais de estímulos para recuperação da economia chinesa.
Leia também
Na Comex, divisão para metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o cobre com entrega prevista para setembro caiu 0,38%, a US$ 3,8295 por libra-peso. Na London Metal Exchange (LME), a tonelada do metal para setembro registrava queda de 0,35%, por volta de 14h30 (de Brasília), a US$ 8.465,50.
Após queda robusta ontem, o cobre estendeu perdas neste pregão, na esteira de dados mistos da economia americana. Hoje, relatórios de vendas no varejo e de produção industrial nos Estados Unidos vieram mais fracos do que o esperado, enquanto o índice de confiança das construtoras avançou em linha com expectativas de analistas. Na visão do Citi, a contração do setor industrial americano deve continuar nos próximos meses, embora a resiliência da atividade econômica possa oferecer algum suporte.
Publicidade
Invista em oportunidades que combinam com seus objetivos. Faça seu cadastro na Ágora Investimentos
Com os dados, o mercado de commodities foi pontualmente pressionado e o cobre chegou a ampliar queda, devolvendo parte das perdas no início da tarde. Analistas apontam que metais industriais ainda reagem a temores sobre a demanda global, um dia depois do Produto Interno Bruto (PIB) da China frustrar expectativas do mercado.
Para o TD Securities, os dados chineses fracos deveriam invocar medidas políticas robustas, contudo, este cenário pode não se concretizar. “Acreditamos que a política monetária atingiu uma parede”, alerta o banco de investimentos, acrescentando que metais industriais devem continuar em queda até que sejam anunciados estímulos com potencial de reverter a atual tendência fraca de demanda. “Isso sugere que a deterioração dos sinais de demanda ainda é o fator mais importante para os metais industriais no curto prazo, e qualquer recuperação potencial impulsionada por estímulos será cada vez mais difícil de alcançar”, avalia o TD.
Em relatório, o Julius Baer analisa que, apesar do governo chinês anunciar estímulos relacionados a infraestrutura, investidores de metais continuam preocupados com a contração no mercado imobiliário. “Juntos, esses dois setores representam entre 25% e 60% da demanda de metais industriais na China, sendo o alumínio o menos exposto e o aço o mais exposto”, observa o banco.
Analistas do Julius Baer avaliam, porém, que o existem “perspectivas estruturais positivas” para o cobre – como o crescimento da demanda por materiais de energia limpa – e que observam atuais “contratempos cíclicos de curto prazo como oportunidades”.
Publicidade
Entre outros metais negociados na LME sob vencimento de três meses, a tonelada do alumínio caía 2,37%, a US$ 2.203,50; a do chumbo caía 0,12%, a US$ 2.097,50; a do níquel tinha alta de 1,53%, a US$ 21.200,00; a do estanho subia 1,01%, a US$ 28.625,00; e a do zinco recuava 0,89%, a US$ 2.391,00 no horário citado.