O que este conteúdo fez por você?
- Brasil terá safra recorde de grãos em 2023, com 307,3 milhões de toneladas, segundo IBGE
- Movimento irá aumentar o fluxo do caixa das empresas do agro e este pode ser um bom momento para investir no setor
- Títulos de crédito privado, CRAs, Fiagros e ações de empresas do agro são algumas opções de investimento
A safra 2023 do Brasil, que teve início em 1º de julho, chega com boas perspectivas para um aumento na geração de receita do agronegócio. Segundo o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgado nesta quinta-feira (13), a safra de grãos deve registrar um recorde de 307,3 milhões de toneladas neste ano, um aumento de 16,8% em comparação a 2022, relativo ao acréscimo de 44,2 milhões de toneladas.
Ainda de acordo com o relatório, o arroz, o milho e a soja, juntos, representam 92,1% da estimativa da produção e respondem por 87,2% da área a ser colhida. Por conta disso, investir nessas commodities pode ser uma alternativa interessante para lucrar como a cadeia do agronegócio. Analistas ouvidos pelo E-Investidor dizem ser um bom momento para se posicionar em ativos ligados ao setor, principalmente em Fiagros (Fundos de Investimentos em Cadeias Agroindustriais), que são bons pagadores de dividendos.
Leia também
“Em época de safra, como a maioria dos Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAs) estão atrelados a grãos, você acaba tendo um retorno melhor de distribuição de resultados. E os Fiagros, por sua vez, são ligados a esses papéis, CRAs, que historicamente têm um resultado acima do DY”, explica Charluan Gamballe Correia, CEO da GCS Capital.
Correia comenta ainda sobre títulos e fundos que investem no setor de soja, especificamente, ser uma boa opção de investimento. “Muitos produtores de soja estavam estocando, por conta de uma queda no preço. E, agora, como o preço começou a subir, os produtores estão buscando vender. Esse movimento acaba gerando fluxo de caixa e há uma distribuição de resultados um pouco melhor nesses próximos meses”, ressalta.
Fiagros
Os Fiagros podes ser importantes aliados para quem deseja uma renda passiva. Além da valorização das cotas adquiridas, o investidor pode ganhar os dividendos. “Especialmente para o investidor menor de renda fixa, o Fiagro pode ser um produto mais acessível, que permite ter uma diversificação um pouco maior”, ilustra Odilon Costa, estrategista de renda fixa e crédito privado da SWM.
Publicidade
Empresas para investir no agro
Além dos Fiagros, o investidor pode optar pelo mercado acionário. Como mostramos nesta reportagem, a SLC Agrícola (SLCE3) pode ser uma boa aposta para o segundo semestre. Além dela, outra que se destaca é a Três Tentos (TTEN3), que também está na mira das instituições como uma boa opção para o investidor se posicionar.
“Nós revisamos uma recomendação de bom para ótimo. A empresa, depois do IPO (abertura de capital), apresentou um crescimento acima das expectativas. Agora, está prestes a entregar 28 novas lojas e entrou no Mato Grosso do Sul, que a gente sabe que para o agro é um mercado gigantesco”, salienta Correia.
Ele ainda diz que a GCS Capital tem um valor justo de cota de R$ 20, enquanto a empresa está cotada, de acordo com o último pregão, a R$ 12,86. “Ou seja, você tem um espaço de crescimento muito grande para a empresa, e ainda uma viabilidade de dividendos, de Juros sobre Capital Próprio (JCP) muito positivo”.
Títulos de crédito também pode ser uma boa opção
Para o segundo semestre, outras partes da cadeia do agronegócio podem ser boas opções para os investidores, ainda mais quando observadas sob o olhar do crédito privado. O especialista Costa, estrategista da SWM, assim como Correia, também aponta o setor de grãos, mas foca no final da cadeia. Em sua visão, ele destaca processadoras de soja e milho, que fazem biodiesel, farelo e óleo de soja, como boas oportunidades de investimento.
“Pode ser um bom momento para entrar em posições de agro. A gente vê muitas oportunidades nos fundos e em crédito direto. O crédito agro está muito bom para os investidores porque tivemos uma crise de confiança no mercado de crédito. E grande parte, não só do crédito direto, como dos Fiagros listados em bolsa são muito mais voltados para o mercado de dívida, do que para o mercado de ações", explica.
Publicidade