Aproximadamente 65% dos clientes da XP planejam aumentar sua alocação em ações, uma alta de 16 pontos porcentuais em relação ao total de um mês atrás, o que indica aumento no interesse em renda variável.
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O dado consta de pesquisa mensal feita com assessores da XP e assessores independentes filiados à XP, realizada de 07 a 14 de julho, com 203 respostas.
Conforme o relatório da XP, a efetiva alocação em ações teve leve aumento, mas ainda é baixa. Segundo os assessores, a parcela de seus clientes com mais de 25% de alocação em renda variável cresceu de 2% no mês anterior para 26% agora. A maioria (74%) deles tem menos de um quarto do portfólio alocado em ações.
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“Apesar da baixa alocação, a intenção dos clientes de aumentar a exposição alcançou o maior nível desde o começo da pesquisa. A porcentagem de clientes que planejam aumentar suas alocações em ações continuou a aumentar desde o mês passado, para 65% (+16pps M/M). Esse é o maior nível desde o início da pesquisa em 2020. Antes disso, o nível mais alto foi de 64%, alcançado em junho de 2020”, descreve o relatório.
O documento mostra que a porcentagem de interessados em diminuir seus investimentos em ações diminuiu de 4% em junho para 1%, a mínima histórica da pesquisa, enquanto 34% (-13pps M/M) não desejam alterar seus investimentos. “Essas leituras recentes reforçam um sentimento mais positivo de clientes em relação a ações, uma mudança que começamos a ver na pesquisa de junho”, afirma a XP.
Os setores Financeiro, Elétricas e Saneamento, e ligados a commodities são os de maior interesse dos clientes, segundo a pesquisa. Na outra ponta, Transportes e Educação tiveram as menores indicações de interesse.
Juros
A XP afirma no relatório que, recentemente, observou uma redução no interesse por renda fixa e fundos de renda fixa, movimento que “pode ser explicado pela expectativa do início de um ciclo de corte de juros à frente”. Por outro lado, descreve haver um aumento de interesse por fundos imobiliários e fundos ações, um “sinal de maior apetite por tomada de risco”.
A pesquisa com assessores mostra que, além das ações, as classes de ativos que os clientes estão mais interessados são: 1) renda fixa (70%, -3pps M/M); 2) fundos imobiliários (63%, +2pps M/M); 3) fundos multimercado (49%, +5pps M/M); 4) fundos de renda fixa (41%, -17pps M/M); 5) investimentos internacionais (41%, +2pps M/M); 6) fundos de renda variável (24%, +6pps M/M); 7) criptoativos (9%, +2pps M/M); e 8) ouro (2%, -3pps M/M).
Ibovespa
Segundo a pesquisa da XP, 56% dos assessores acreditam que o índice Bovespa encerrará 2023 entre 120.000 e 130.000 pontos, uma alta de 09 pontos porcentuais em comparação à pesquisa do mês passado. Ainda, 23% acreditam que o Ibovespa deverá encerrar o ano entre 130.000 e 140.000 pontos, 12% apostam entre 110.000 e 120.000 pontos. Os maiores riscos na avaliação dos assessores são o risco fiscal doméstico e a recessão nos Estados Unidos.
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