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A Petrobras (PETR3; PETR4) reúne nesta sexta-feira (28) o seu Conselho de Administração com a política de dividendos da estatal como destaque da pauta. Até então, a companhia tem se destacado pela distribuição de proventos, chegando a ocupar o posto de maior pagadora de dividendos do mundo em 2022. Com a mudança na Presidência da República em 2023, o mercado alimentou expectativas de que tal patamar de distribuição não seria mantido por muito tempo.
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As ações da estatal abriram em alta de 0,37% para o papel ON (PETR3), cotado a R$ 32,64, enquanto o preferencial (PETR4) iniciou o pregão de hoje com avanço de 0,27%, a R$ 29,47. Mais cedo nesta sexta-feira, os American Depositary Receipts (ADRs, recibos de ações de empresas não-americanas emitidos e negociados nos EUA) da Petrobras chegaram a tocar alta de 2% no pré-mercado de Nova York, mas inverteu sinal para queda de 0,22%.
A própria diretoria da Petrobras já comunicou ao mercado que estava avaliando a atual política de dividendos. Conforme o aviso, os proventos a serem distribuídos referentes ao desempenho do segundo trimestre de 2023 já viriam sob a nova regra a ser definida, possivelmente hoje. Apesar do ajuste, o Broadcast apurou que o porcentual a ser pago aos acionistas será menor que o das gestões anteriores, mas, ainda assim, bem acima do mínimo legal de 25%.
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O estatuto da Petrobras determina um mínimo de dividendos de 25% do lucro líquido, com uma garantia de 3% sobre o valor patrimonial da ação para os preferencialistas. Mas nos últimos anos, a empresa adotou regra mais generosa: distribuir pelo menos 60% da diferença entre o que ela gera de caixa com sua operação e seus investimentos, com pagamentos efetivos acima dessa equação, caso do segundo trimestre do ano passado.
De acordo com relatório do BB Investimentos (BB-BI), a expectativa do mercado recai sobre a definição de uma regra parecida com a anterior, mas com menor porcentual do fluxo de caixa a ser distribuído, se envolverá um porcentual do lucro líquido ou se vai definir regra ainda mais flexível. Decisão nessa linha “mais flexível”, sem equação pré-definida, diz o BB-BI, seria a “pior situação”, já que tiraria a previsibilidade e transparência que a regra atual oferece.
O Itaú BBA também destacou, em relatório, a expectativa do mercado em relação à pauta. “A atual política de dividendos da companhia tem sido alvo de críticas e esperamos que esta possa ser revisada ao final da semana. Até o momento, as pistas que temos é que ela deverá ter um pagamento de dividendos em linha com as grandes empresas de petróleo no mundo”, afirmaram os analistas Monique Greco, Bruna Amorim e Eric de Mello em relatório.
* Com informações do Broadcast
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