Na última terça-feira (01), uma sócia da KPMG revelou à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que a administração da Americanas (AMER3) recebeu diversos alertas sobre as deficiências contábeis da companhia e a necessidade de melhorar os controles internos para evitar uma possível crise.
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Desse modo, a Americanas já estava ciente dos problemas financeiros quando entrou com pedido de recuperação judicial em janeiro deste ano, após revelar um escândalo contábil calculado em mais de R$ 25 bilhões.
De acordo com a Reuters, Carla Bellangero, sócia da KPMG no Brasil, afirmou ainda que a varejista rescindiu o contrato com a KPMG assim que a empresa de contabilidade enviou uma carta de controles internos.
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Na carta em questão, a empresa sinalizou a necessidade de melhorias nas contas das varejistas, inclusive no orçamento desses contratos de propaganda, chamados de VPCs, para os diretores financeiros da Lojas Americanas e da B2W em agosto de 2019, explicou Bellangero.
À Reuters, a Americanas disse em nota que “a substituição da auditoria externa KPMG pela PWC em 2019 contou com a anuência da própria empresa de auditoria, que posteriormente manteve relação contratual com a companhia”.
Apesar disso, a varejista atribuiu uma fraude a ex-executivos, em um relatório de junho, elaborado com base em informações de um comitê independente e de assessores da Americanas.
Vale citar que essa foi a primeira vez que representantes de empresas que prestaram serviços de auditoria para Americanas deram declarações com detalhes sobre o caso, que até então eram sigilosas.
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As ações da Americanas (AMER3) abriram em alta nesta quarta-feira (2), até às 10h40 os papéis eram negociados a R$ 1,14 com alta de 0,88%.
Colaborou: Vitória Tedeschi.