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“Absolutamente viável”: diz ex-CEO sobre Americanas (AMER3) em vídeo

Mesmo deixando o cargo, o executivo acredita no potencial de recuperação da empresa

“Absolutamente viável”: diz ex-CEO sobre Americanas (AMER3) em vídeo
Fachada da Americanas. Foto: Renata Mello
  • Sérgio Rial gravou pronunciamento sobre o rombo de R$ 20 bilhões nos balanços da empresa
  • O executivo reforçou que as irregularidades não aconteceram somente em 2022
  • Ele disse acreditar na recuperação da varejista: “A Americanas segue vendendo, é absolutamente viável"

Após participar de uma videoconferência organizada pelo BTG Pactual, Sérgio Rial, ex-CEO das Lojas Americanas (AMER3), gravou um pronunciamento sobre as inconsistências contábeis detectadas na ordem de R$ 20 bilhões nos balanços da empresa.

“A Americanas segue vendendo, é absolutamente viável. Mas tem um nível de dívida incompatível para que possa prosseguir, então a conversa de capitalização terá que ocorrer”, afirmou Rial no vídeo divulgado em fato relevante nesta quinta-feira (12).

O executivo reforçou que as irregularidades não aconteceram somente em 2022, sendo um problema de vários anos passados, mas disse que ainda não é possível precisar o momento exato em que começaram.

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Veja também: o que fazer com as ações da Americanas após a revelação do rombo

Dentro do que Rial conseguiu observar com André Covre – ex-CFO da varejista, que também renunciou ao cargo –, o valor de R$ 20 bilhões está dentro da estrutura atual do balanço da empresa, só não foi registrado de forma apropriada ao longo dos últimos anos. Ou seja, parte da conta de fornecedores das Americanas era, na verdade, dívida bancária.

Dessa forma, os lançamentos contábeis precisam ser recatalogados, o que caberá a um comitê independente que possivelmente vai pedir a republicação dos balanços da empresa nos últimos anos. A PwC é a empresa responsável por auditar as demonstrações financeiras da Americanas atualmente.

Nas duas primeiras semanas de 2023, ele pôde observar uma reação nas vendas das lojas acima de 17%, o que demonstra um poder de retomada de crescimento por parte da empresa. Mesmo acreditando no potencial da varejista, o executivo disse que decidiu sair do cargo de CEO porque o tamanho do que precisava ser feito não era exatamente o que ele desejava em um primeiro momento.

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