Publicidade

Investimentos

Prejuízo de 3.000% como o do fundo Pátria? Nunca mais, se depender da CVM

Nova resolução deve evitar casos como o do investimento que colapsou e deixou cotistas no negativo

Prejuízo de 3.000% como o do fundo Pátria? Nunca mais, se depender da CVM
Comissão de Valores Mobiliários (CVM) (Foto: Fábio Motta/ESTADÃO)

O novo marco regulatório dos fundos de investimento, consolidado na Resolução 175 da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), deve evitar eventos como o do fundo Pátria Special Opportunities II – aplicação que na semana passada teve suas cotas reajustadas de R$ 10,50 para -R$ 301 após um desinvestimento.

Em outras palavras, além de perderem tudo, os cotistas do Pátria Opportunities II ainda saíram “devendo” uma boa quantia, já que quem tinha 1 mil cotas, por exemplo, precisaria aportar R$ 300 mil para cobrir a dívida.

Uma das mudanças expressas na Resolução CVM 175, que entrará em vigor a partir de outubro deste ano, é justamente a limitação da responsabilidade do cotista ao valor subscrito por ele. Ou seja, em caso de colapso de uma aplicação, o investidor não será obrigado a cobrir o resultado negativo.

Os avanços relacionados ao novo marco regulatório dos fundos foi abordado durante evento promovido nesta quinta-feira (3) pela Grant Thornton, uma das maiores empresa globais de auditoria.

Publicidade

Invista em oportunidades que combinam com seus objetivos. Faça seu cadastro na Ágora Investimentos

Participaram do evento João Pedro Nascimento, presidente da CVM, Gilson Finkelsztain, CEO da B3, Pedro Rudge, vice-presidente da Anbima, e Thiago Brehmer, sócio líder de Serviços Financeiros da Grant Thornton.

“Quem gostaria de investir R$ 1 mil e ser chamado pra colocar mais R$ 3 mil depois? Ninguém”, afirmou Rudge, vice-presidente da Anbima. “O investidor está disposto a correr o risco que ele conhece, não colocar dinheiro a mais. Isto seja private equity, special situation, venture capital e etc.”

Além de limitar a responsabilidade do cotista – ponto que se provou importante para a segundo do pequeno investidor – a nova regulação também delimita melhor as funções e responsabilidades dos gestores e dos administradores fiduciários e estabelece a possibilidade dos fundos ficarem “insolventes”.

“É uma novidade grande, o fundo poderá entrar em falência, o que acontece hoje com as empresas que tem patrimônio negativo”, diz Rudge. “Teremos ainda um processo de aprendizado de como isto irá acontecer. Daqui a três ou cinco anos, teremos casos práticos de fundos liquidados pelos juízes. É um risco que a Anbima e a CVM estão tentando mapear e traçar procedimentos a serem seguidos.”

Publicidade

Nascimento, presidente da CVM, diz estar orgulho desse arcabouço criado de forma colaborativa para os fundos de investimento. “A nova regra de fundos foi construída a muitas mãos, recordista de contribuições em audiências públicas”, diz. “Uma das questões que mais marca essa gestão da CVM é o diálogo e a escuta ativa. Quando o regulador desce do pedestal e se junta ao regulado, é possível construir um mercado muito mais moderno.”

Web Stories

Ver tudo
<
Antecipação do 13º salário vale a pena?
Até 100% de desconto: carro elétrico tem isenção de IPVA no DF e em mais 5 Estados; saiba como pedir
Salário baixou? Conheça 5 países que reduziram jornada de trabalho
O retorno de Trump pode afetar as suas futuras viagens e investimentos?
Quanto você pode receber de cashback das contas de água, internet e luz?
A rua mais cara do mundo fica no Brasil? Descubra
13º salário: quem não tem direito ao pagamento?
Estas moedas de 50 centavos podem valer R$ 5 mil; veja se você tem em casa
Como Warren Buffett ganhou US$ 282 milhões com o Nubank?
Nem aquecedor, nem ar-condicionado: estes truques vão aquecer a casa sem pesar a conta de luz
13º salário: o que fazer se você ainda não recebeu o seu?
Por que os bancos gringos estão dizendo ‘fuja do Brasil’
>