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- Principal índice acionário da B3 não sustentou a margem e ficou abaixo dos 119 mil pontos
- As três ações que mais desvalorizaram no dia foram CVC (CVCB3), Petz (PETZ3) e Azul (AZUL4)
O Ibovespa hoje caiu 0,57%, aos 118.408,77 pontos e com volume negociado de R$ 23,24 bilhões. Nesta quarta-feira (9), o principal índice acionário da B3 não sustentou a margem e ficou abaixo dos 119 mil pontos. Dos 86 papéis listados na carteira, somente 26 fecharam o dia em alta.
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A queda é a sétima consecutiva, resultando em uma desvalorização acumulada de 2,90% ao longo desse período. Segundo o Trademap, cenário semelhante não era observado desde 14 de junho de 2022, quando em sete sessões consecutivas o Ibovespa apresentou uma queda de 8,14%.
Contudo, a queda acumulada nesta quarta-feira (9) é a menor dentre todas de agosto.
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Para Matheus Spiess, analista da Empiricus Reseach, essa queda foi puxada por investidores digerindo os balanços do segundo trimestre de 2023, além do cenário externo ainda desfavorável. “O Ibovespa só se manteve acima dos 118 mil pontos muito por conta de Petrobras (PETR3; PETR4) que reage bem a alta do petróleo, que sobe hoje por restrições de oferta da Arábia e Rússia. Tudo isso pressiona os preços para cima”, comenta Spiess.
Entretanto, o especialista cita que a alta do petróleo é negativa para a inflação, o que já impactou a curva de juros de diversos países e também influenciou o índice.
No Brasil, o mercado aguarda com expectativa na sexta-feira (11) o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), que mede a inflação. Isso porque os números vão balizar as perspectivas do ciclo de corte de juros.
O dólar e o euro subiram 0,15% e 0,3% frente ao real na sessão, atingindo os R$ 4,91 e R$ 5,38, respectivamente. Em Nova York, S&P 500, Dow Jones e Nasdaq caíram 0,7%, 0,54%, 1,17%, respectivamente.
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As três ações que mais desvalorizaram no dia foram CVC (CVCB3), Petz (PETZ3) e Azul (AZUL4).
CVC (CVCB3): -7,99%, R$ 2,65
A companhia protagoniza as maiores quedas do dia, com investidores digerindo o balanço do segundo trimestre de 2023. CVC apresentou prejuízo líquido de R$ 167 milhões, assim como o Ebtida (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), que ficou negativo em R$ 1,5 milhão.
A CVC está em baixa de 11,07% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 40,98%.
Petz (PETZ3): -6,97%, R$ 6,01
Pelo segundo dia consecutivo, Petz está entre as maiores quedas. Com os recuos, a ação está na menor valorização desde maio deste ano. Um dos fatores que pesam contra o papel é a expectativa por um balanço fraco no segundo trimestre, que será divulgado nesta quinta-feira (10) após o fechamento do pregão.
O balanço deve ser impactado por uma base comparativa forte e pressionado por um cenário macroeconômico ainda desafiador para o consumo discricionário”, disseram os analistas Iago Souza, Vinicius Esteves e Nina Mirazon, da Genial Investimentos, ao Broadcast.
A Petz está em baixa de 14,14% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 3,69%.
Azul (AZUL4): -5,36%, R$ 16,59
Em meio a alta do petróleo e do dólar, a aérea recua. “Preço do petróleo e dólar forte pressionam as aéreas”, afirma Hugo Queiroz, sócio diretor da L4 Capital ao Broadcast. Já o economista-chefe da Messem Investimentos, Gustavo Bertotti, destaca que o dólar mais alto é limitador para viagens internacionais de brasileiros, enquanto há indícios de uma desaceleração econômica global recentemente.
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O Santander também reiterou que os números de tráfego de julho da Azul vieram um pouco abaixo da média, explicado por um desempenho doméstico mais fraco.
A Azul está em baixa de 6,27% no mês. No ano, acumula uma valorização de 50,68%.
*Com Estadão Conteúdo