O dólar sobe em âmbito global e no mercado à vista também estende ganhos da semana passada, em manhã de queda de preços de commodities, como petróleo, minério de ferro e alguns produtos agrícolas, como café e açúcar em Londres, nesta segunda-feira (14). Há pouco, o dólar à vista registrou máxima aos R$ 4,9366 (+0,66%).
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Com a agenda vazia nos EUA e Europa hoje, os investidores olham notícias da China, o boletim Focus e o IBC-BR de junho, à espera na semana da ata da reunião do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) de julho (quarta-feira) e do IGP-10 de agosto (quinta-feira).
O economista-chefe da Frente Corretora, Fabrizio Velloni, disse que, além de dúvidas sobre os juros americanos após a leitura mais forte do PPI dos EUA em julho, a crise imobiliária na China é delicada para o Brasil, impacta exportações de aço e minério de ferro do País e gera perspectiva de menor fluxo de capitais para investimentos em ações de empresas brasileiras exportadoras de produtos básicos na Bolsa, dando impulso paralelo ao dólar.
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Na China, a moeda local está entre as emergentes ligadas a commodities que recuam ante o dólar nesta manhã e as bolsas na Ásia também fecharam em baixa nesta segunda-feira, após a incorporadora Country Garden anunciar suspensão das negociações de títulos de dívida onshore a partir desta segunda-feira, 14, dada a estimativa de forte prejuízo no primeiro semestre. A imprensa local informou que pelo menos 11 papéis serão suspensos por um período indeterminado.
Aqui, o IBC-BR subiu 2,10% em junho na comparação anual, acima da mediana das previsões do mercado (1,95%). Isso, somado aos níveis mais altos do petróleo e perspectiva de aumento de combustíveis pela Petrobras em breve, pode dar fôlego à inflação interna e reduzir na curva de juros as chances de corte de 0,75 pp da Selic em setembro, ante 0,50 pp sinalizado pelo Banco Central, analisou Velloni, da Frente Corretora.
O IBC-BR, prévia do PIB do País, subiu também 0,63% em junho ante maio, com ajuste, e teve crescimento de 3,42% no primeiro semestre, sem ajuste.
O boletim Focus, divulgado mais cedo pelo Banco Central, mostra que as projeções para IPCA de 2024 caíram de 3,88% para 3,86%, mas para 2023, 2025 e 2026 permaneceram em 4,84%, 3,50% e 3,50%.
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Nas mesas de operação cambial há expectativas por um anúncio de reajuste dos preços dos combustíveis pela Petrobras. O presidente da estatal, Jean Paul Prates, disse à ANP que a diretoria está discutindo a possibilidade de reajustar os preços dos combustíveis para breve, segundo o jornal O Globo. Na sexta-feira, durante o evento de lançamento do PAC, o ministro Alexandre Silveira (MME) informou que a estatal já comunicou ao governo que, se o Brent continuasse subindo, terá de reajustar seus preços nas refinarias.
O ministro da Economia, Fernando Haddad, também confirmou na sexta-feira que a pasta estuda medidas de apoio ao setor varejista.
No Congresso, é esperada a votação do arcabouço fiscal no plenário da Câmara nesta semana, mas há certa dúvida ainda se ocorrerá, por causa do imbróglio da minirreforma ministerial. Lideranças do Centrão apresentaram uma outra fatura ao governo para aprovar o arcabouço fiscal na Câmara: mais R$ 10 bilhões em emendas parlamentares. O Palácio do Planalto vê o fim de agosto como limite para o texto passar sem trazer grandes dores de cabeça à equipe econômica na formatação do Orçamento de 2024. O governo ainda espera a votação do projeto do CARF e da reforma tributária pelo Senado.
Na sexta-feira, a moeda americana fechou em alta a R$ 4,9041 (+0,45%), ampliando ganho na semana passada a 0,59% e no mês, a 3,69%, e reduzindo a queda acumulada neste ano para 7,12%
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