O Banco do Brasil (BB) vai atualizar seu Plano de Sustentabilidade e se comprometer com um aumento de mais de 50% da carteira de crédito sustentável até 2030, antecipou o banco ao Broadcast. Até o primeiro semestre, o saldo era de R$ 321,6 bilhões e a meta é chegar a R$ 500 bilhões em sete anos.
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Da mesma forma, o banco promete que a carteira de energia renovável mais que dobre até 2030, para R$ 30 bilhões, de R$ 13,2 bilhões no fim de junho. Para o saldo da agricultura sustentável, o objetivo é alcançar R$ 200 bilhões, de R$ 141,4 bilhões até metade deste ano.
Os três compromissos fazem parte da Agenda 2030 do BB, que será anunciada no fim desta tarde em evento na sede da instituição, em Brasília. No total, serão 12 metas, que são desdobradas em compromissos para o triênio 2023-2025, duas a mais do que no período anterior. Todas as metas também são revisadas a cada dois anos. O plano existe desde 2005 no banco, que é considerado a instituição financeira mais sustentável do mundo pelo ranking Global 100, da Corporate Knights.
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“Somos o banco com uma das maiores carteiras de negócios sustentáveis do País, com mais de R$ 321,6 bilhões de saldo, o que corresponde a cerca de um terço da carteira total classificada do BB”, diz a presidente do banco, Tarciana Medeiros, que tem como missão aumentar a diversidade e a agenda sustentável no BB. “São compromissos a serem alcançados até 2030, alinhados às prioridades globais como os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU e o Acordo de Paris”, completa.
Dentre os outros objetivos, o BB quer atingir saldo de R$ 22 bilhões em fundos de investimento ESG (sigla em inglês para ambiental, social e de governança) e originar R$ R$ 100 bilhões em recursos sustentáveis para o banco e seus clientes até 2030. O BB também se compromete a compensar 100% das emissões diretas de carbono dos escopos 1 – composto por emissões de gás de ar condicionado e extintores de incêndio e de combustão de combustíveis da frota própria do banco e de geradores – e 2, referente ao consumo de energia elétrica.
No aspecto de diversidade, os compromissos são de alcançar 30% de mulheres e de 30% de pretos, pardos, indígenas e outras etnias sub-representadas em cargos de liderança no banco até 2025. Hoje, os porcentuais são, respectivamente, de 24,6% – número que aumentou já na gestão da presidente Tarciana Medeiros – e 23,2%.
Outras metas versam sobre a ampliação da Eficiência Estadual e Municipal, com desembolso de R$ 40 bilhões em operações de crédito até 2030 em setores como agricultura, cultura, defesa civil, educação, iluminação pública, entre outros; e investimento social privado de R$ 1 bilhão por meio da Fundação Banco do Brasil até 2030.
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Os demais objetivos são para aumentar a inclusão financeira, com renegociação de dívidas de 2,5 milhões clientes com renda de até 2 salários mínimos até 2025, reflorestamento e conservação florestal, além de aumentar a maturidade digital dos clientes.
“O BB quer ser reconhecido como protagonista mundial em práticas e negócios sustentáveis no sistema financeiro e já estamos fomentando captações em negócios sustentáveis, incluindo toda a cadeia de crédito de carbono, além de nossa atuação ampla em mercado de capitais e no agronegócio e na agricultura familiar brasileiros”, destaca Tarciana, mencionando a viagem da cúpula do banco a Nova York, em setembro, para buscar recursos com investidores e organismos multilaterais para a agenda verde.