A chegada do Dia das Crianças costuma gerar ansiedade nos pequenos que esperam por um presente em 12 de outubro. Por outro lado, pais e familiares podem sentir a pressão financeira de ter que honrar com a obrigação da data, comprometendo o orçamento da casa ou apelando para o cartão de crédito.
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Segundo especialistas ouvidos pelo E-Investidor, o segredo para deixar as finanças em ordem é fazer uma boa pesquisa, comparar preços, não ser levado pela emoção da data e pensar bem em como vai pagar o presente, para evitar que a brincadeira vire chateação no futuro.
Como pagar o presente de Dia das Crianças?
Para não extrapolar as despesas, o primeiro passo é entender o quanto é possível gastar hoje ou em um prazo mais curto, sem necessariamente ter que se enrolar ao assumir um número muito grande de parcelas. O Dia das Crianças está aí, mas logo mais vem o Natal e um novo ano letivo com a extensa lista de material escolar. Ou seja, as dívidas feitas agora em outubro, se parceladas em muitos meses, podem virar uma bola de neve.
“É preciso levar em consideração a perspectiva do que você tem daqui para frente de aquisições futuras. Caso contrário, esse ciclo de compras parceladas vai consumir a renda antes mesmo de ela estar disponível”, explica Paula Bazzo, planejadora financeira pela Planejar.
Ir às ruas ou comprar pela internet?
Depois de pensar no orçamento, a pessoa que deseja presentear a criança deve ir para a pesquisa. Esse ponto é crucial para garantir a economia das finanças pessoais e deixar a data alegre para todo mundo. Vale a pena comparar preços de produtos de marcas equivalentes e em lojas físicas e online.
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A parte boa do segmento digital está nos algoritmos de pesquisa, que começam a recomendar itens semelhantes com preços variados, e até mesmo a enviar cupons para descontos e frete grátis. Bazzo ainda acrescenta que o valor da entrega não pode passar batido pelo comprador, já que pode encarecer o presente.
De todo modo, vale ficar bem esperto na hora de comprar virtualmente. Julian Alexienco Portillo, professor de Ciências Econômicas da Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM), destaca que golpistas se aproveitam de datas comemorativas para fisgar novas vítimas. “Uma oferta irresistível pode ser uma armadilha”, alerta o docente. Para evitar cair em golpes, o especialista sugere que o comprador evite acessar sites desconhecidos e desconfie de preços muito abaixo da média.
Não dá para comprar? Use a criatividade a seu favor
Se o momento financeiro não estiver favorável para um investir em um bom presente, aquele caro que a criança tanto deseja e pede com frequência, abrir o jogo com ela deve ser um início de uma boa conversa, até para que ela aprenda sobre educação financeira desde cedo.
No papo, pais e familiares podem tentar negociar, fazendo com que o pequeno espere para ter seu desejo atendido em um momento posterior, como o Natal, por exemplo, ou escolha um outro presente, dentro de possibilidades que sejam financeiramente viáveis. “Essa é uma ótima oportunidade de ensinar para as crianças de que tudo tem um preço, que coisas são baratas e outras caras”, orienta o professor.
Se a bicicleta ficar para o Papai Noel, o Dia das Crianças não precisa passar batido. A data pode ser comemorada de uma forma mais econômica, com uma lembrancinha ou uma atividade mais barata como um passeio cultural gratuito, uma ida à praia, uma sessão de cinema em casa ou um dia no parque com direito a piquenique.
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