O Bank of America (BofA) espera que a Ambev (ABEV3) reporte um terceiro trimestre sólido, com recuperação contínua de margem, como visto no primeiro semestre. “Estimamos receitas de R$ 20,1 bilhões, com queda de 2,3% devido ao peso argentino mais fraco, ao real mais forte, ao Canadá fraco e à difícil base de comparação com os volumes de cerveja no Brasil”, escreve a analista Isabella Simonato, do BofA.
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Para ela, o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da companhia deverá mostrar crescimento de 7%, para R$ 6 bilhões, em relação ao ano anterior, com margem de aumento de 250 pontos base devido aos menores custos de matéria-prima e preços resilientes. O banco reitera recomendação de compra para a companhia.
“Esperamos que os volumes de cerveja no Brasil caiam 2,3% em relação ao ano anterior, dada a difícil comparação no terceiro trimestre de 2020 e 2022. Por outro lado, o preço/mix permanece resiliente e deve subir 8,5% ao ano, desacelerando do crescimento de dois dígitos apresentado no primeiro semestre, também devido à difícil comparação, mas mostrando melhoria sequencial, à medida que a Ambev continua a aumentar os preços”, afirma o relatório. Isto, combinado com custos mais baixos de matérias-primas, deverá resultar, nas contas da analista, em uma expansão da margem Ebitda de 380 pontos base, para 30,3%.
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O BofA prevê que o desempenho internacional da Ambev deve ser misto, com destaque negativo no Canadá, mas a divisão CAC (América Central e Caribe) deve mostrar recuperação contínua das receitas e margens. Para a América Latina Sul a perspectiva é de margens resilientes apesar de uma maior exposição ao peso argentino.