Os resultados da prévia operacional da Direcional (DIRR3), divulgados nesta terça-feira (10), ficaram abaixo das estimativas do Santander (SANB11) . Os lançamentos totalizaram R$ 1,3 bilhão, 5% a menos do que banco esperava, com a unidade de negócios Direcional respondendo por 58% dos lançamentos no período.
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As vendas contratadas totais atingiram R$ 1 bilhão, lideradas pelo forte desempenho da unidade de negócios Riva. Por outro lado, a combinação de vendas contratadas mais fracas na unidade de negócios Direcional e menor participação nos projetos vendidos fizeram com que as pré-vendas ficassem abaixo das estimativas, embora ainda crescendo 10% na comparação anual.
Apesar disso, o Santander mantém a recomendação de compra das ações da empresa, com preço-alvo de R$ 31, o que representa um potencial de alta de 47% ante o fechamento de ontem.
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De acordo com os analistas Fanny Oreng, Antonio Castrucci e Matheus Meloni, os fatores que contribuem para reiteração da recomendação de compra foram o valuation (valor do ativo) atrativo das ações, potencial robusto para expansão do retorno sobre o patrimônio (ROE), diversificação geográfica para áreas de concorrência mais fraca e um balanço forte que lhe deverá permitir lidar com o crescimento acelerado no curto prazo.
“Por fim, é importante destacar que a tendência de crescimento da participação da Direcional no total de lançamentos no terceiro trimestre deverá contribuir positivamente para as vendas/resultados futuros – já que projetos com menor participação de parceiros tornam-se mais relevantes no mix de vendas”, escreveram.
Os analistas do Santander destacaram ainda alguns riscos que podem ser enfrentados pela Direcional, como a inflação na construção acima do esperado, impulsionada por um aumento significativo nos custos de materiais e mão de obra; aumento das taxas hipotecárias devido à deterioração fiscal; e a falta de financiamento para o programa Minha Casa Minha Vida (MCMV) causada por potenciais saques do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).