O JPMorgan estima que a BRF (BRFS3) apresentará resultados “mornos” no terceiro trimestre de 2023, com melhorias no Brasil compensando a fraca divisão internacional. Assim, a expectativa do banco é de que o frigorífico reporte Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de R$ 1,176 bilhão no período de julho a setembro, queda anual de 14,4%, mas alta de 17% ante o segundo trimestre de 2023.
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“Internamente, esperamos uma recuperação sequencial da margem para aves, apoiada por melhoria nos preços, que aumentaram quase 30% nos últimos 3 meses, e favoráveis reduções de 35% a 45% nos custos dos grãos”, afirmam os analistas Lucas Ferreira, Ulises Argote, e Sebastian Hickman, em relatório.
Assim, no Brasil, o JPMorgan projeta Ebitda de R$ 781 milhões no período de julho a setembro, alta anual de 70,6%, com expansão de margem de 463 pontos-base ante mesma etapa de 2022, para 11,4%.
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Já o segmento internacional “ainda não saiu da tempestade”, afirmam os analistas, destacando que a fraqueza nos preços de aves in natura continua pesando sobre a rentabilidade. Mesmo assim, o JP estima que “o pior já passou”, projetando uma melhoria gradual da margem ao longo dos próximos trimestres.
Assim, em internacional, a expectativa é de um Ebitda de R$ 54 milhões no terceiro trimestre, queda anual de 64,3%, mas alta trimestral de 10,9%, com uma contração da margem ano contra ano de -708 pontos-base, para 5,0%.
Reiterando recomendação overweight (equivalente a compra), o JPMorgan, assim, “vê a BRF com tendência de melhora na geração de caixa”. Assim, o fluxo de caixa do acionista (FCFE) deve ficar em R$ 1,269 bilhão, com FCF yield (rendimento do fluxo de caixa livre) de 8% para 2024.
“Vemos a empresa negociando a 5,6 vezes o múltiplo EV/Ebitda (valor da empresa por Ebitda), abaixo da média de 5 anos de 6,4 vezes”, afirmam os analistas.
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