O dólar recuou ante uma cesta de outras moedas fortes, nesta segunda-feira. O euro se valorizou mesmo após sinal fraco da economia da Alemanha, com dirigentes do Banco Central Europeu (BCE) reafirmando a postura de que os juros seguirão elevados por mais tempo. O iene, por sua vez, ganhou fôlego após o Nikkei reportar que pode haver mais um ajuste no controle da curva de bônus japonês (JGB, na sigla em inglês) nesta semana pelo Banco do Japão (BoJ).
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No fim da tarde em Nova York, o dólar caía a 149,10 ienes, o euro avançava a US$ 1,0617 e a libra tinha alta a US$ 1,2169. O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes, registrou baixa de 0,41%, a 106,120 pontos.
Entre dirigentes do BCE, o vice-presidente, Luis de Guindos, afirmou que os juros ficarão em níveis suficientemente restritivos o tempo necessário, para garantir que a inflação retorne à meta de 2%. Para Peter Kazimir, um aperto adicional pode ocorrer, caso os dados forcem a isso. Já Gediminas Simkus disse que o nível atingido já é restritivo e não será preciso elevar mais os juros, embora também não tenha descartado isso adiante, ao destacar as incertezas na inflação.
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A postura hawkish do BCE aparentemente teve mais efeito sobre o euro que a fraqueza da economia da Alemanha, após dado de hoje mostrar contração de 0,1% no terceiro trimestre ante o anterior na maior economia do continente. Segundo o ING, o quadro continua a ser de uma Alemanha estagnada, sem perspectiva de reação rápida à vista.
No Japão, o iene foi apoiado pela notícia de que o BoJ poderia relaxar mais o controle da curva de juros o JGB em sua decisão desta semana, segundo fontes ouvidas pelo Nikkei. Atualmente, o teto para o retorno do bônus de 10 anos é de 1%.
Há expectativa também para decisão do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), nesta quarta-feira. Neste caso, há grande consenso no mercado pela manutenção dos juros. Na avaliação do TD Securities, o Fed deve ter um tom hawkish, “mas pensamos que a barra está alta para eles de fato mexerem com o mercado”.