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Negócios

Como o crédito privado se transformou no grande rival dos bancos

Essa indústria de US$ 1,6 trilhão ocupou um espaço que as instituições financeiras tradicionais não davam conta

Por Katharine Hidalgo

06/11/2023 | 14:58 Atualização: 06/11/2023 | 17:31

Foto: Envato Elements
Foto: Envato Elements

Está precisando de um empréstimo para uma nova fábrica ou para adquirir a participação controladora de uma empresa, mas não gosta das condições que seu banco oferece? Há uma indústria de US$ 1,6 trilhão que está pronta para ajudar. O crédito privado tornou-se útil após a crise financeira de 2007-2008 como uma alternativa aos bancos, em um momento em que as agências reguladoras recorriam a medidas drásticas contra empréstimos arriscados tomados por instituições que armazenavam o dinheiro de outras pessoas.

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Atualmente ele se transformou em um grande rival dos empréstimos tradicionais para todos os tipos de empresas, de imobiliárias a startups de tecnologia. O dinheiro está chegando até os fundos de crédito privado por meio de investidores ricos, planos de previdência, fundos soberanos e até mesmo dos bancos que competem com eles.

Alguns defendem que o crédito privado deveria se tornar um elemento permanente nas carteiras de investimento. No entanto, não está claro como essa área pouco transparente das finanças irá lidar quando a próxima grande recessão chegar.

O que é crédito privado?

As origens do crédito privado remontam à década de 1980, quando as seguradoras começaram a concedê-los de forma direta às empresas com históricos robustos de empréstimos. Hoje, os fundos de crédito privados movimentam bilhões de dólares em uma variedade de estratégias de investimento:

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Empréstimos diretos: as empresas tomam empréstimos diretamente com credores que não são bancos e atuam de forma isolada ou como parte de um pequeno grupo. Elas costumam manter os empréstimos até a data de vencimento.

Distressed debt: os fundos de crédito privado adquirem a negociação da dívida da empresa muito abaixo de seu valor original, na esperança de conseguir lucro ou acabar tomando posse dos ativos conforme uma empresa se reestrutura ou é liquidada.

Venture debt: o financiamento é oferecido a startups que ainda não estão lucrando. O tamanho do empréstimo normalmente se baseia num múltiplo da receita recorrente de uma empresa.

Financiamento mezzanine: refere-se a investimentos em forma de dívida de maior risco situadas entre outros empréstimos e títulos na fila de pagamento quando um mutuário não consegue cumprir suas obrigações.

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Special situations: engloba os empréstimos concedidos para beneficiar-se de um determinado acontecimento ou situação quando as decisões de concessão de empréstimos muitas vezes não estão relacionadas com as métricas fundamentais da empresa, como a rentabilidade ou o crescimento.

Qual o tamanho do crédito privado?

Os fundos de crédito privado conseguiram aproveitar a volatilidade nos mercados de crédito e períodos em que os bancos ficaram sobrecarregados com empréstimos não lucrativos para conquistar uma fatia do mercado.

Segundo a empresa de dados de investimentos Preqin, os fundos fechados de dívida privada usando as cinco estratégias de empréstimo detalhadas acima tinham cerca de US$ 1,6 trilhão de ativos sob gestão globalmente em março de 2023, ante os cerca de US$ 500 bilhões no final de 2015.

Qual é o atrativo para os mutuários?

Os fundos de crédito privado dizem que podem atender mutuários cujos indicadores financeiros os tornam inelegíveis para um empréstimo bancário (como é o caso de muitas empresas de crescimento rápido, porém deficitárias) ou exigem condições muito flexíveis. Outra vantagem é que o valor dessas ofertas privadas costuma ser definido antecipadamente – com empréstimos sindicalizados regulares envolvendo muitos credores, o preço pode muitas vezes oscilar antes do encerramento da transação.

A execução também pode ser mais fácil do que com empréstimos alavancados negociados, nos quais os preços são mais suscetíveis às flutuações no mercado. Com o aumento das taxas de juros pressionando as finanças de muitas empresas, algumas têm refinanciado seus empréstimos alavancados próximos do vencimento com instrumentos de crédito privados que permitem a elas adiar o pagamento dos juros, em acordos conhecidos como dação em pagamento.

Qual a situação do crédito privado?

As taxas de juros subiram tão depressa desde o início de 2022 que os bancos acabaram acumulando empréstimos não lucrativos para aquisições de empresas negociados antes do ciclo de aumentos começar. Como consequência, eles concederam menos empréstimos e focaram na venda de parte dessa dívida pendente.

Os fundos de crédito privado entraram em cena, concedendo novos empréstimos e absorvendo as dívidas que os bancos não conseguiram vender para os gestores de ativos. Atualmente, os recursos disponíveis dos fundos de crédito privado são equivalentes aos dos empréstimos sindicalizados.

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Diferentes fundos organizaram um pacote de dívida de US$ 5,5 bilhões no início de 2023 para facilitar uma possível aquisição alavancada da empresa de tecnologia para cuidados de saúde Cotiviti, apesar da transação nunca ter sido concluída.

Em agosto, um consórcio de fundos incluindo a Blue Owl Capital e a Oak Hill Advisors concordou em oferecer à fintech Finastra Group Holdings um empréstimo de US$ 4,8 bilhões – um recorde do setor. Até mesmo os bancos, cuja redução de despesas proporcionou um espaço cada vez maior para o crédito privado, estão entrando em cena, com o JPMorgan Chase & Co., Société Générale e outros interessados em investimentos de crédito privado.

Por que investir em crédito privado?

Os investidores recebem retornos relativamente altos para compensá-los por manterem ativos que podem ser mais difíceis de se vender que os empréstimos negociados. Os credores diretos podem cobrar entre 200 e 300 pontos base a mais do que um banco que concede empréstimos sindicalizados para uma empresa semelhante.

Envolver-se com o crédito privado também é uma forma dos investidores diversificarem suas participações e ajudarem a protegê-las das oscilações de preços no mercado. Além disso, proporciona uma exposição a mais empresas do que aquelas disponíveis nas bolsas.

Como o crédito privado lida com o fim das taxas de juros perto de zero?

A maioria dos empréstimos de crédito privado tem taxas variáveis, portanto os rendimentos aumentaram desde que os bancos centrais subiram os custos dos empréstimos. Alguns dos empréstimos mais arriscados, adiantados para as empresas enfrentando as maiores dificuldades ou para financiar uma aquisição, falência ou cisão, começaram a gerar retornos porcentuais anuais entre 13% e 19%.

Esse tipo de rendimento está no mesmo nível de muitos daqueles em private equity (investimento essencialmente em empresas que ainda não são listadas em bolsa), frequentemente com um risco menor. Tais retornos altos também podem ser perigosos, porque os mutuários são sobrecarregados com as despesas dos juros mais elevados, o que poderia levar alguns ao limite e a não pagarem seus empréstimos.

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Outra desvantagem para os investidores devido ao aumento dos rendimentos é que alguns fundos de crédito privado têm ultrapassado rapidamente suas “hurdle rates” (menor taxa de retorno aceita) – o nível de rentabilidade a partir da qual o gestor de um fundo recebe uma parte dos lucros, além da taxa de gestão. Os investidores de fundos de crédito privado, conhecidos como sócios comanditários, têm solicitado a alguns gestores a alteração dessas condições.

Quais são os riscos em torno do crédito privado?

A falta de liquidez em comparação com as bolsas pode levar a grandes prejuízos se um investidor desejar se livrar dele rapidamente. Alguns fundos podem bloquear o capital investido durante mais de cinco anos, sem um mecanismo formal de negociação. Os sócios comanditários podem vender suas participações em um mercado “secundário” emergente, mas geralmente com um desconto substancial em relação ao preço pago por eles.

A falta de transparência também gera preocupação. Os fundos têm menos obrigações do que seus equivalentes negociados nas bolsas quando o assunto envolve divulgar suas participações e o desempenho de seus investimentos. Como não existe mercado para esses ativos, eles não conseguem ser facilmente avaliados e o preço deles pode ser motivo de debate acalorado.

A maioria dos fundos diz que avalia seus ativos a cada três meses, mas isso pode variar. Avaliadores externos podem ser chamados, porém os gestores de fundos não precisam seguir as orientações deles em todas as situações. A ligação contínua do setor com o private equity, que segue acumulando influência, significa que, no caso de algum abalo atingir as participações, o crédito privado também pode ser afetado.

Sobreviverá à recessão prolongada?

Ninguém sabe ao certo. Os credores privados afirmam que os empréstimos oferecidos por eles são mais seguros do que muitas outras formas de empréstimo, pois o capital usado por eles para financiá-los fica bloqueado por mais tempo e os padrões de subscrição (underwriting) são mais firmes.

Em um relatório divulgado em maio, o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) declarou não estar preocupado com o crédito privado, contudo a falta de transparência dificulta a avaliação dos riscos para o sistema financeiro como um todo. A Moody’s disse que o aumento da concorrência entre bancos e fundos de crédito privados pode incentivar acordos de dívida mais arriscados, levando a mais inadimplências.

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A incerteza em torno das condições das transações privadas significa que não está claro até que ponto as avaliações seriam afetadas com uma recessão. Pode não ser tão fácil para os investidores venderem suas participações em fundos passando por dificuldades. Os gestores de fundos não teriam necessariamente que comunicar quando um mutuário violasse as condições de seu empréstimo.

A postura das agências reguladoras

A SEC, órgão dos Estados Unidos equivalente à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) brasileira, está obrigando os fundos privados a elaborar relatórios trimestrais e a divulgar mais informações sobre suas despesas. Há sinais de que a Autoridade de Conduta Financeira do Reino Unido (FCA, na sigla em inglês) irá analisar a forma como as avaliações são decididas nos mercados privados.

Mas, no geral, não há ações generalizadas para alinhar a regulamentação dos fundos de crédito privado com a das instituições que recebem depósitos. Entretanto, muitos governos estão dispostos a atrair mais capital privado para financiar tipos de empréstimos que consideram arriscados demais para os bancos.

Com a colaboração de Davide Scigliuzzo, Paula Seligson e Silas Brown

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