A pesquisa “Os riscos fiscais associados à mudança da meta de resultado primário do Governo Central para 2024″, realizada pela Warren Rena, junto ao mercado financeiro mostra que a maioria de 87% dos entrevistados vê chance de mudança do atual objetivo de déficit zero para 2024.
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Para 61,8% a probabilidade de alteração fica acima de 75%; 25,5% atribui chance entre 50% e 75%; para 5,5%, a possibilidade fica entre 25% e 50%; e para 3,6% dos entrevistados, entre 10% a 25%. Outros 3,6% consideram que a probabilidade de alteração fica entre zero e 10%. Participaram do levantamento 55 instituições do mercado financeiro entre 31 de outubro 1º de novembro.
Caso a Fazenda e o Planejamento alterarem a meta fiscal, em acordo com o Congresso, para -0,5% do Produto Interno Bruto (PIB), no lugar do atual limite inferior de -0,25% do PIB, 53% dos participantes responderam que alterariam suas projeções de primário, sendo que 36,4% mudaria em 0,25% do PIB; 7,3%, em 0,5%; e 9,1%, em mais do que 0,5% do PIB. Os que não mexeriam em suas projeções somam 47,3%.
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Ainda num cenário em que a meta seja alterada para -0,5%, a Warren perguntou qual seria a projeção para o contingenciamento orçamentário de despesas discricionárias para 2024, em relação aos R$ 211,9 bilhões previstos no Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA).
Nesse caso, aproximadamente 84% dos respondentes possuem projeções para o bloqueio abaixo de R$ 40 bilhões. Para 9,1%, o contingenciamento seria de R$ 52,7 bilhões, conforme o limite previsto na lei do arcabouço fiscal. Apenas 7,3% tem projeção nos R$ 40 bilhões.
Queda da Selic
A maioria de 89,1% dos que responderam ao questionário afirma que o cenário base para a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) de dezembro é de manutenção do ritmo de cortes de 50 pontos-base na Selic, caso a meta fiscal seja modificada. Somente 10,9% da amostra espera, se houver alteração da meta, desaceleração do ritmo para 25 pontos-base.
Por fim, quanto à projeção para o superávit primário em 2024, 74,5% possuem projeções de déficit entre -0,9% e -0,7% do PIB, enquanto 12,7% esperam saldo negativo maior do que 1% e outros 12,7%, entre -0,6% e -0,2%.
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