O Citi afirma que permanece cauteloso com Usiminas (USIM5), à espera de uma melhora no mercado de siderurgia do Brasil, e por isso revisou as estimativas da companhia para baixo, após resultados mistos (Ebitda – lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização – fraco, mas fluxo de caixa livre forte) no terceiro trimestre de 2023.
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“Modelamos o quarto trimestre para ser sequencialmente mais fraco, dada a pressão adicional de preços e custos rígidos (-R$ 100 milhões de Ebitda ajustado no quarto trimestre de 2023). Os custos devem melhorar até 2024, à medida que o BF#3 (Alto-Forno 3) retorna às operações após a reformulação, ajudando a tornar o Ebitda positivo (R$ 2,6 bilhões no fim de 2024)”, afirmam os analistas Alexander Hacking e Stefan Weskott, em relatório enviado a clientes.
Com isso, o Citi reitera recomendação neutra para a ação preferencial classe A (PNA) da Usiminas até que haja uma melhora na rentabilidade. O preço-alvo de R$ 7,00 corresponde a um potencial de valorização de 3,9% sobre o fechamento de quarta-feira (1).
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Para o período de outubro a dezembro de 2023, o Citi projeta uma piora na dinâmica com custos ainda elevados e preços ainda mais baixos do aço no Brasil, que continua pressionado por importações recordes. Com isso, o Ebitda ajustado foi revisado para R$ 100 milhões negativos, com fluxo de caixa livre (FCF) também previsto em R$ 500 milhões negativos, devidos aos ventos favoráveis de menor capital de giro (WC) e investimentos ainda elevados para o trimestre.
Já para 2024, o Citi espera que a melhoria de custos (com o reinício da produção do Alto-Forno 3 previsto para o quarto trimestre de 2023) apareçam nos resultados a partir do primeiro trimestre, o que deve gerar margens maiores ao longo do próximo ano.
Assim, o Ebitda ajustado esperado para 2024 foi revisado em 23% para baixo, para R$ 2,6 bilhões, decorrente de um primeiro semestre de 2024 mais lento. “Observamos que um desempenho de custos melhor que o esperado revisaria nosso número para cima. O Alto-Forno 3 estava operando com aproximadamente 60% da capacidade e espera-se que maior utilização e modernização reduzam o custo caixa para o segmento siderúrgico da Usiminas”, ponderam os analistas.