No último domingo (19), os argentinos foram às urnas e elegeram o libertário, e oposicionista ao atual governo, Javier Milei presidente da Argentina com uma vantagem histórica sobre o rival, o peronista Sergio Massa.
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Após a eleição, o Goldman Sachs divulgou um relatório sobre os impactos da vitória do político nos países da América Latina, incluindo o Brasil.
No documento, ao qual o E-investidor teve acesso, o banco destacou que Milei propõe uma agenda de medidas radicais e políticas transformadoras para a economia argentina. Entre seus principais projetos econômicos propostas são o fechamento do banco central, a dolarização da economia, um corte agressivo nos gastos públicos, além da eliminação de restrições comerciais e de capital controles.
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Diante disto, o Goldman afirma que algumas propostas de Milei acarretam riscos de implementação significativos: “Por exemplo, a dolarização, que notamos que estava ausente do discurso de Milei esta noite. Em um artigo detalhado, lançaram recentemente alguma luz sobre os desafios macroeconómicos e as limitações da adoção de moeda estrangeira como moeda legal na Argentina”, afirmam os analistas.
Sobre o Brasil, especificamente, o banco analisa que as expectativas de inflação para o final de 2023 estão abaixo do limite superior da Faixa de 3,25% ± 1,50%.
Já para o final de 2024, as expectativas de inflação diminuíram apenas 1 pb e ainda estão 91 pb acima da meta e para 2025/26 permanecem presos 50 pb acima da inflação meta de 3,0%, ponto médio, o que provavelmente reflete a expectativa do governo não cumprir as metas fiscais anunciadas.
“De acordo com a pesquisa semanal do banco central com analistas de mercado, expectativa de inflação para o final de 2023 diminuiu 4pb para 4,55% (ainda acima da meta de inflação de 3,25%, mas abaixo do limite superior de 4,75% da faixa de variação) e para no final do ano de 2024 diminuiu ligeiramente 1 pb para 3,91% (acima da meta de 3,0%)”, diz trecho do documento.
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Colaborou: Vitória Tedeschi.