- Relatório de Letramento Financeiro, realizado pelo Banco Central em parceria com o Fungo Garantidor de Créditos (FGC), revela o comportamento dos brasileiros na hora de investir
- Entre os entrevistados, 58,3% disseram procurar a recomendação de pessoas de seu círculo social antes de realizar uma aplicação
- Informações de anúncios ou folhetos de publicidade sobre um produto específico também são levados em consideração pelos investidores
Grande parte dos brasileiros buscam informações com amigos ou familiares na hora de investir. É o que revela o Relatório de Letramento Financeiro, realizado pelo Banco Central em parceria com o Fungo Garantidor de Créditos (FGC). O estudo ouviu 2 mil cidadãos de 16 a 79 anos em todo o território nacional entre os dias 13 de março e 12 de abril de 2023.
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Entre os entrevistados, 58,3% disseram procurar a recomendação de pessoas de seu círculo social antes de investir. Sites de comparação são usados por 54,8% dos participantes, enquanto 45,7% usam as informações fornecidas pela própria instituição financeira, conversando com gerentes ou atendentes do banco.
Informações de anúncios ou folhetos de publicidade sobre um produto específico também são levados em consideração por brasileiros, sendo que 40,8% disseram que consultam esse tipo de fonte antes de realizar uma aplicação.
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Em contrapartida, a recomendação de desconhecidos têm menor peso na decisão dos investidores. Apenas 24,3% afirmaram ouvir o conselho de influenciadores ao escolher um produto para investir.
Recentemente, a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) estabeleceu novas regras para a contratação de “finfluencers” (influencers de finanças). O objetivo é deixar mais claro ao público quando o conteúdo gerado nas redes sociais se trata de publicidade de produtos de investimento.
O que é uma decisão bem-informada?
O relatório do BC e do FGC se baseou no Toolkit, metodologia desenvolvida pela Rede Internacional de Educação Financeira (International Network on Financial Education – Infe). Ele funciona como um manual que contém um questionário e orientações para entrevistas, coleta de informações e construção da base de dados, sendo utilizado para estudos de letramento financeiro das populações.
De acordo com as instruções de análise do Toolkit, um indivíduo toma uma decisão bem-informada quando analisa produtos especializados em sites de comparação de preços ou quando utiliza a recomendação de um consultor financeiro independente.
Nesse sentido, 32,1% dos entrevistados usaram ao menos uma dessas fontes de informação, estando esse comportamento menos associado a investidores com idades de 45 a 59 anos, renda familiar mensal de até dois salários-mínimos e residentes de cidades de porte pequeno.
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Do total de participantes, 39,9% afirmaram ainda que consideraram várias opções de investimentos de diferentes instituições antes de tomarem a decisão pelo produto ou serviço. Vale ressaltar que os investidores com idades entre 25 e 34 anos estão mais associadas a essa prática de buscar diversas alternativas antes de tomar uma decisão.