A perspectiva da Fitch Ratings para o setor de saúde no Brasil em 2024 é neutra, com expectativa de melhora lenta e gradual das margens operacionais das companhias ao longo dos próximos dois a três anos.
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Segundo a agência de ratings, a demanda por exames e procedimentos deve permanecer aquecida, mas um ambiente de pressão de custos e de negociações de preços ainda desafiador deve continuar postergando a recuperação da rentabilidade das companhias de saúde.
“A resiliência do setor de saúde para suportar um ambiente de negócios desfavorável ficou aquém da esperada, resultando em rebaixamentos de ratings ao longo de 2023”, diz a diretora da Fitch para Finanças Corporativas, Tatiana Thomaz. “Para 2024, o cenário ainda inspira cautela. A pressão sobre a estrutura de custos, aliada ao ritmo lento de redução da sinistralidade das operadoras, deve limitar avanços na geração operacional de caixa e na rentabilidade das companhias.”
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Além disso, as pressões sobre o capital de giro dos prestadores de serviços devem se manter enquanto a sinistralidade de operadoras e seguradoras não retornar a patamares mais normalizados, avalia a agência.
Diante da maior pressão de custos e de balanços ainda alavancados, o espaço para aquisições financiadas por dívida permanece limitado, de acordo com a Fitch. Das 11 empresas do setor com rating público, 82% estavam com Perspectiva Estável e 18%, Negativa, em dezembro de 2023.
