Os retornos dos Treasuries estavam mistos no fim da tarde em Nova York, com a ponta longa registrando queda, após dado do mercado de trabalho dos EUA sustentar a expectativa de cortes de juros do Federal Reserve (Fed) a partir de março. A queda forte do petróleo também contribuiu para o movimento.
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Às 18h (de Brasília), o retorno da T-note de 2 anos subia a 4,603%. Já o da T-note de 10 anos baixava a 4,126% e o do T-bond de 30 anos caía a 4,224%, depois de terem renovado os menores níveis desde setembro nas mínimas do dia, pelo segundo dia consecutivo.
Hoje, relatório da ADP mostrou que o setor privado criou menos empregos que o esperado em novembro. Após a divulgação do dado, o mercado reforçou precificação de manutenção de juros até março, quando viria o primeiro corte, segundo monitoramento do CME Group.
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O movimento impôs pressão aos juros dos Treasuries na ponta longa. Segundo o BMO Capital Markets, a firme desvalorização do petróleo exacerbou a tendência baixista ao dirimir preocupações sobre inflação. “É também um reflexo de uma perspectiva global mais sombria, à medida que os ventos econômicos contrários continuam a aumentar”, avalia.
Em relatório, a Capital Economics avalia que os dirigentes do Fed terão que “reconhecer a realidade de que a inflação está rapidamente caminhando para a meta de 2%”, mas devem continuar sem se comprometer com cortes no curto prazo, ao menos por enquanto.
Analistas da ANZ avaliam que o mercado está diante de um novo ciclo de baixa nos rendimentos dos Treasuries, que ainda não acabaram de cair em 2023.