- Segundo levantamento feito pela InvestAi, a pedido do E-Investidor, os títulos prefixados são os mais rentáveis do mercado
- Os ativos atrelados ao IPCA+ também oferecem uma oportunidade interessante para quem está disposto a correr mais risco
- Tesouro Selic e CDBs são os ativos mais recomendados para quem busca construir a sua reserva de emergência
A data máxima para as empresas efetuarem o pagamento da segunda parcela do décimo terceiro salário encerra no dia 20 de dezembro. O dinheiro extra reforça o orçamento familiar e ajuda os trabalhadores a quitarem dívidas em atraso e até se prepararem para as despesas extras típicas de início do ano, como IPVA, matrícula escolar e IPTU. Para quem pretende utilizar o dinheiro e investir, os ativos de renda fixa podem ser boas opções por entregarem retornos acima de dois dígitos e segurança ao investidor.
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Segundo uma simulação feita por Jaqueline Benevides, head de renda fixa da InvestAi, os CDBs (Certificados de Depósito Bancário), LCIs (Letra de Crédito Imobiliário), LCAs (Letra de Crédito do Agronegócio) prefixados são os que oferecem a maior rentabilidade no atual ciclo de queda da taxa básica de juros. De acordo com o levantamento, a rentabilidade média anual desses ativos permanece em média a 13,90%. Isso significa que, se o investidor aplicar R$ 1.320 (equivalente ao salário mínimo vigente de 2023) nesse título de investimento, teria um retorno de R$ 1.503,48 em um ano.
Os ativos de renda fixa atrelados ao IPCA+ aparecem com a segunda maior rentabilidade no levantamento com retornos de 11,99% ao ano, enquanto os investimentos 100% do CDI apresentaram o menor retorno: 10,44%. “Os ativos prefixados valem mais a pena. Mas ainda vemos muita oportunidade em títulos atrelados ao IPCA porque a Selic está em ciclo de queda. Esse movimento faz com que a economia volte a crescer e a inflação volte a subir”, afirma Benevides.
Por essa razão, a analista recomenda aos investidores a diversificarem os seus aportes e não ficarem concentrados apenas em um ativo. No entanto, essa distribuição vai depender da finalidade do investimento. Segundo Fernando Bueno, especialista em investimentos da Ágora, se o interesse do trabalhador é resgatar o dinheiro aplicado no curto prazo, ele deve priorizar as posições mais conservadores, como Tesouro Selic, CDB e fundos de DI.
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Isso porque, além de apresentarem os menores riscos de mercado em relação ao mercado de ações, possuem liquidez diária que permite o resgate a qualquer momento. “São opções para quem deseja construir uma reserva de emergência“, exemplifica o especialista. Se o trabalhador já tiver a reserva de emergência, vale o trabalhador buscar investimentos com um pouco mais de risco no mercado de renda fixa.
Para esses casos, Christopher Galvão, analista de Fundos da Nord Research, afirma que os ativos atrelados ao IPCA, como Tesouro Selic e CRIs ou CRAs, são boas opções de investimento e ainda oferecem espaço de ganhos. “Nos casos de CRIs e CRAs, é preciso avaliar se a empresa que emitiu a dívida é segura”, afirma Galvão.