Os brasileiros retiraram mais dinheiro do que aplicaram na poupança em 2023, de acordo com divulgados nesta segunda-feira (8) pelo Banco Central. A caderneta encerrou o ano com saldo líquido negativo de R$ 87,8 bilhões.
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Nos 12 meses encerrados em dezembro, foram captados R$ 3,82 trilhões, mas houve saques no montante total de R$ 3,91 trilhões. Apenas os meses de dezembro e junho registraram mais depósitos do que retiradas.
Ainda assim, o resultado em 2023 foi melhor do que o de 2022, quando a poupança havia ficado negativa em R$ 103,237 bilhões, um volume recorde de retiradas. Alguns fatores contribuem para esse comportamento, como o nível de endividamento das famílias e, mais recentemente, o início do corte da taxa básica de juros, a Selic.
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Com a poupança rendendo menos, a tendência é que haja uma procura maior por aplicações mais rentáveis dentro da renda fixa, como o Tesouro Direto e os Certificados de Depósito Bancário (CDBs).
Em dezembro, foram registrados R$ 364,8 bilhões em depósitos e R$ 351,1 bilhões em retiradas, totalizando um saldo líquido positivo de R$ 13,7 bilhões no mês. Em junho, foram R$ 287,5 bilhões em depósitos e R$ 285,1 bilhões em saques, com saldo positivo de R$ 2,42 bilhões.
Janeiro de 2023 foi o período com maior saldo negativo, de R$ 27 bilhões. Foram R$ 260,9 bilhões em depósitos e R$ 288,1 em saques no mês.
No acumulado do ano passado, o Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) registrou um saque líquido no valor de R$ 72,3 bilhões, enquanto a poupança rural acumulou um volume menor de retirada, de R$ 15,4 bilhões.
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