Os bancos de investimento globais na Ásia enfrentam uma nova realidade após dois anos consecutivos de fluxo anêmico de negócios provenientes da China.
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Os banqueiros dizem que as ofertas públicas iniciais (IPOs, sigla que indica um processo no mercado financeiro em que uma empresa passa a ser de capital aberto com ações negociadas na Bolsa de Valores) e a arrecadação de fundos para empresas chinesas ainda são um grande foco para eles. Entretanto, eles estão cada vez mais tentando conseguir negócios na Índia, no Japão e em outros mercados que estão em expansão, enquanto as ações chinesas permanecem em profunda queda.
Os bancos de investimento ganharam apenas cerca de US$ 744 milhões com negócios em mercados de dívida e de capitais próprios, fusões e aquisições, e empréstimos envolvendo empresas da China que operavam em moedas diferentes do yuan em 2023, o seu nível mais baixo numa década, de acordo com cálculos da plataforma Dealogic. Muitos investidores estrangeiros evitaram ações e títulos corporativos chineses devido às regulamentações mais rígidas do país, à desaceleração econômica e imobiliária e às tensões com os Estados Unidos.
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Em 2023, os IPOs chineses e as listagens secundárias fora da China continental levantaram US$ 8,8 bilhões, uma queda de 46% em relação ao ano anterior e muito longe dos US$ 54,5 bilhões em 2021. O volume de novas listagens na Ásia fora da China continental e Hong Kong foi de US$ 23,1 bilhões, uma queda. 32% em relação ao ano anterior, segundo Dealogic.
Os ciclos eleitorais deste ano terão o potencial de criar volatilidade no mercado. Taiwan deverá realizar as suas eleições no sábado (13) – cujo resultado afetaria o curso das tensões dos EUA com a China – e a Indonésia deverá votar para um novo presidente em fevereiro. A Índia também irá s urnas em 2024, e o ano culminará com as eleições presidenciais dos EUA em novembro.
Fonte: Dow Jones Newswires