O Grupo Casas Bahia (BHIA3) vive um momento desafiador com premissas conservadoras de crescimento e rentabilidade em 2024 e 2025, o que gera um desequilíbrio entre o risco e o retorno. Por isso, na visão do Banco do Brasil Investimentos (BB-BI), o melhor é vender as ações.
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De acordo com Georgia Jorge, que assina o relatório do BB-BI enviado aos clientes na segunda-feira (8), o investidor que ficou com as ações das Casas Bahia em 2023 teve uma perda de 81% do valor aportado por causa da piora da situação financeira da companhia.
Os problemas com endividamento e queima de caixa fizeram a varejista buscar dinheiro no mercado, em setembro do ano passado, por meio de uma oferta de ações (follow-on). O objetivo era arrecadar cerca de R$ 1 bilhão. No entanto, o valor ficou abaixo do esperado, em R$ 622,9 milhões.
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Para Jorge, o preço por ação na oferta também foi ruim para empresa. O ativo foi precificado em R$ 0,80, 27,92% abaixo do que era negociado na época, a R$ 1,11. “Esse processo de follow-on foi desastroso e chancelou um novo patamar de preço para as ações da empresa”, explica a analista.
Ela comenta que rebaixou a classificação do ativo para venda após os resultados do terceiro trimestre de 2023. No balanço, a companhia reportou prejuízo líquido de R$ 836 milhões, piora de 311,8% na comparação com as perdas de R$ 203 milhões do mesmo período do ano anterior.
A analista ainda destaca a possível incapacidade da empresa em atrair e reter os melhores vendedores na sua plataforma de marketplace e a incapacidade do Grupo Casas Bahia em escalar e rentabilizar a solução financeira oferecida aos seus clientes.